Um estudo, realizado pela associação Unafisco Nacional, revela que a correção integral na tabela do Imposto de Renda de pessoa física pode isentar cerca de 13 milhões de brasileiros. Com isso, de acordo com a entidade, o governo brasileiro perderia anualmente cerca de R$ 270 bilhões.
Atualmente, a isenção do imposto está fixada em R$ 2,2 mil mensais. A Unafisco sugere que o valor deveria ser corrigido para R$ 5,2 mil, o que representa um aumento de 130%.
A entidade argumenta que, ao longo das últimas décadas, as atualizações da tabela não acompanharam a inflação. Isso levou muitos brasileiros, anteriormente isentos, a pagarem o imposto.
Segue abaixo o documento da Unifisco, disponível para download:
Proposta de Lula para isenção do Imposto de Renda
Na última sexta-feira, 14, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que revelará um um novo projeto. A proposta, segundo o petista, tem como objetivo isentar do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 5 mil mensais. Com a correção integral, os isentos do tributo aumentariam de 17 milhões para 30 milhões.
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Em novembro de 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um projeto para elevar a isenção para R$ 5 mil mensais.
O anúncio, feito durante discussões sobre cortes de gastos, provocou reações negativas no mercado financeiro, em virtude das preocupações com a estabilidade fiscal.
Efeitos da correção integral na arrecadação
Se a tabela for corrigida integralmente, a arrecadação federal do imposto, atualmente de R$ 417 bilhões, cairia para R$ 146 bilhões.
A Unafisco destaca que a falta de correção da tabela ao longo dos anos fez com que muitos brasileiros, antes isentos, passassem a pagar impostos. O período para declaração do Imposto de Renda em 2025 começa nesta segunda-feira, 17, e termina em 30 de maio.
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