A varejista Forever 21 pediu falência pela segunda vez, afetada pelo aumento da inflação e pela forte concorrência no setor de fast-fashion.
A marca, que tem adesão de muitas jovens desde os anos 1980 por causa de suas roupas baratas, sofreu com o aumento nos custos de estoque e salários nos últimos anos. Além disso, houve impacto da competição de varejistas online como as chinesas Temu e Shein, conforme relatado por seu co-diretor de reestruturação em um documento judicial nos Estados Unidos.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
Depois de tentativas de redução de custos que não conseguiram compensar as grandes perdas, a operadora da marca nos EUA, F21 Opco, entrou com pedido de falência sob o chamado Chapter 11, no Estado norte-americano de Delaware, com uma dívida total financiada de aproximadamente US$ 1,58 bilhão.
🚨 LAYOFF ALERT – USA
Forever21 plans to shutdown at least 200 stores and lay off 350+ corporate employees as it struggles to compete with online fast fashion brands like Shein & Fashion Nova. Reports suggest the company may file for bankruptcy again, with potential liquidation… pic.twitter.com/4ak8LRRX3d
— The Layoff Tracker 🚨 (@WhatLayoff) February 27, 2025
Segundo o comunicado divulgado neste domingo, 16, a empresa planeja fazer liquidações em suas lojas enquanto conduz um processo de venda supervisionado pelo tribunal para parte de seus ativos. Caso a venda seja bem-sucedida, a Forever 21 poderia evitar o fechamento total de suas operações, o que permitiria um acordo que possibilite sua continuidade.
Primeiro pedido de recuperação judicial da Forever 21 foi em 2019
Este é o segundo pedido de falência da varejista. O primeiro, em 2019, foi marcado por disputas, deixou pouca recuperação para os credores e resultou no fechamento de centenas de lojas que a marca tinha no auge de sua popularidade.
Um grupo de investidores, entre os quais estão Simon Property Group, Brookfield e Authentic Brands, comprou a Forever 21 por meio de uma joint venture chamada Sparc Group. Em 2023, esse grupo se associou à Shein, enquanto a Forever 21 tentava resolver alguns problemas operacionais.

Em dezembro, o grupo varejista JC Penney adquiriu a Sparc e formou a Catalyst Brands, mantendo os acionistas anteriores como minoritários. No momento da fusão, a Catalyst afirmou estar avaliando opções estratégicas para as operações da Forever 21.
No documento apresentado neste fim de semana, a marca destacou a concorrência gerada pela isenção “de minimis” — uma brecha que permite que varejistas estrangeiras enviem pacotes de baixo valor aos Estados Unidos sem pagar tarifas ou impostos de importação. O governo de Donald Trump está avaliando formas de encerrar essa isenção.
As lojas da Forever 21 fora dos Estados Unidos são operadas por licenciados e não estão incluídas no pedido de falência sob o Chapter 11.
O post Forever 21 faz novo pedido de recuperação judicial nos EUA apareceu primeiro em Revista Oeste.