Petista culpa Campos Neto, ex-presidente do BC, por alta de juros

Enquanto Gleisi Hoffmann (PT-PR), recém-empossada ministra das Relações Institucionais, manteve silêncio, desta vez, sobre a nova alta da taxa de juros, seu companheiro de partido e líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), preferiu culpar o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto.

Na quarta-feira 19, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a Selic em 1 ponto porcentual, para 14,25%. Campos Neto não está mais no cargo desde dezembro. O titular — indicado pelo governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva — é Gabriel Galípolo.

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O executivo, assim como os outros diretores do BC, entende que aumentar os juros é a única forma de tentar conter a disparada da inflação, que começou a crescer com os gastos excessivos do governo Lula e a falta de uma política fiscal consistente. Aliás, esta foi a segunda reunião do Copom sob a presidência de Galípolo em que a decisão foi pela alta da taxa de juros.

Mas, Lindbergh preferiu manter o discurso que Lula e o PT adotam desde o início do governo: Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, é o culpado pela disparada dos juros, que agora está no mesmo patamar de 2016, quando a economia estava arruinada, no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT).

“Entendemos que a decisão de dezembro, tomada por Roberto Campos Neto, já deixou pré-fixado dois aumentos de um por cento na Selic. Esse guidance deixou amarrado o BC”, Para o líder do PT, essa “política monetária é um equívoco com impactos nefastos para a economia brasileira e também para a questão fiscal no nosso país”.

Lindbergh reclama da alta taxa de juros

De acordo com o parlamentar, “cada um 1% a mais na taxa básica de juros” gera um aumento de “gastos com juros da dívida de algo em torno de R$ 50 bilhões”. Para ele, o mercado defende ajuste fiscal, mas ao mesmo tempo pressionaria por uma política monetária que, segundo ele, “causa um verdadeiro rombo nas contas públicas”.

Print de Lindbergh
Postagem de Lindbergh Farias no X | Foto: Reprodução/X

Para o petista, é urgente rever a política monetária e iniciar uma trajetória consistente de queda dos juros. “Nós vamos insistir na necessidade urgente de rever essa política monetária e iniciar uma trajetória consistente de queda dos juros”, completou Lindbergh.

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