Bolsonaro faz live de 70 anos e contesta acusação de ‘golpe’

O ex-presidente Jair Bolsonaro fez na noite da última quinta-feira, 20, uma live em comemoração aos seus 70 anos, ao lado do advogado Paulo Cunha Bueno e de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O evento, transmitido em seu canal no Youtube, teve também a participação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que pediu licença do cargo e anunciou que vai ficar nos Estados Unidos para se livrar de perseguição política.

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Bolsonaro e seu advogado, durante a transmissão ao vivo, contestaram a acusação de tentativa de golpe, que será julgada pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima terça-feira, 25.

O ex-presidente voltou a afirmar que estava nos Estados Unidos durante os atos de 8 de janeiro e que não poderia ter participado das manifestações. Segundo o advogado de Bolsonaro, os atos daquele dia foram um “episódio infeliz”, mas não uma tentativa de golpe.

Cunha Bueno criticou a denúncia de 272 páginas apresentada pela PGR, classificando-a como uma narrativa sem provas concretas. Segundo o advogado do ex-presidente, os eventos que ocorreram em Brasília foram resultado de “insatisfação popular” com o processo eleitoral e não podem ser caracterizados como uma tentativa de golpe. O ex-presidente classificou o processo como uma “forçação de barra enorme”.

O advogado de Bolsonaro ainda afirmou que a Polícia Federal selecionou apenas trechos favoráveis à acusação e voltou a dizer que a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid ocorreu sob pressão psicológica.

Defesa de Bolsonaro e de acusados leva caso à OAB

Cunha Bueno também voltou a dizer que não teve acesso a todas as provas da investigação e citou o pedido que fez à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que investigue possíveis violações de prerrogativas da defesa.

Advogado Paulo Paulo Cunha Bueno
Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, voltou a afirmar que não houve tentativa de golpe – live em 20.03.2025 | Foto: Reprodução/YouTube

Nesta quinta-feira, 20, as defesas do ex-presidente, do general Walter Braga Netto e do coronel Marcelo Costa Câmara acionaram a OAB para informar que o ministro Alexandre de Moraes está cometendo “ilegalidades” e violando prerrogativas da advocacia no inquérito do golpe.

As defesas sustentam que não tiveram acesso a todas as provas da investigação, como a íntegra das conversas extraídas dos celulares apreendidos pela Polícia Federal. Também afirmam que os advogados receberam HDs com conteúdos diferentes.

O presidente da OAB, Beto Simonetti, afirmou ao Estadão que a entidade apoiará qualquer advogado que tiver as prerrogativas violadas.

Capacetes

Na live, o ex-presidente divulgou sua nova marca de capacetes, chamada Bravo, fundada há cerca de dois meses em parceria com Flávio Bolsonaro. Durante a transmissão, ele leiloou um capacete autografado, que foi vendido por R$ 36 mil para um apoiador chamado Leandro, de Goiânia.


Redação Oeste, com informações da Agência Estado

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