O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), declarou nesta quinta-feira 19, que o partido planeja adotar medidas de obstrução. Isso acontecerá se o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não der andamento ao projeto que concede anistia aos detidos em 8 de janeiro.
Cavalcante indicou que o partido aguardará o retorno de Motta, que está em viagem ao Japão, antes de oficializar qualquer ação de obstrução.
Sóstenes mencionou que, em reunião com líderes, questionou Motta sobre a possibilidade de o projeto ser discutido por uma comissão especial ou por meio de um requerimento de urgência, mas não recebeu uma resposta concreta.
Anistia nas mãos de Motta
“Hugo Motta não estará aqui na semana que vem, com respeito à sua ausência nós vamos esperar ele voltar e ele terá a decisão”, disse Sóstenes. “Seja qual for a decisão dele, nós respeitaremos porque ele é o presidente de todos nós.”
O líder do PL ressaltou que a anistia é o projeto prioritário para o partido e a oposição no momento. Ele sublinhou que o requerimento de urgência já está pronto, aguardando apenas a decisão de Motta para ser apresentado.
“A decisão sobre o PL da Anistia, se vamos pautar o requerimento de urgência, que é o que nós já estamos prontos para fazê-lo, ou se ele quer uma comissão especial, é do presidente Hugo Motta. Nós não estamos afrouxando nada”, enfatizou Sóstenes.
Além disso, Sóstenes destacou a necessidade de uma resposta rápida para aqueles que considera presos injustamente, afirmando que “os presos do dia oito de janeiro esperam de nós, parlamentares, uma resposta para ontem. Porque para quem está preso injustamente, um dia é uma eternidade. Então, anistia já”.
Urgência na resposta aos detidos
O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), também frisou que nada será discutido na ausência de Motta, enfatizando o compromisso de lealdade e responsabilidade institucional do partido.
Ao Poder360, Sóstenes informou que o PL já garantiu o apoio de seis partidos, além da própria sigla, para aprovar o projeto de anistia. Entre os partidos que manifestaram apoio estão PP, União Brasil, PSD, Novo, PSDB e Podemos.
Para que o requerimento de urgência seja efetivamente apresentado, é necessário que partidos que representam pelo menos um terço da Câmara, ou seja, 171 deputados, assinem o documento.
Depois da aprovação do requerimento no plenário, o projeto poderá ser votado a qualquer momento, possibilitando uma tramitação mais rápida.
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