Van Hattem rebate Hugo Motta: ‘Há, sim, perseguição política no Brasil’

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) reagiu às declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que não há perseguição política no Brasil e tampouco censura nos últimos 40 anos.

Em discurso no plenário da Câmara, Van Hattem lembrou que a fala de Motta foi feita no dia seguinte ao anúncio do deputado Eduardo Bolsonaro (PT-SP) de que se licenciaria do mandato e ficaria nos Estados Unidos, justamente para se proteger de perseguição política e de medidas injustas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo ministro Alexandre de Moraes.

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O deputado gaúcho cobrou do presidente da Casa uma retratação e um pedido de desculpas “aos brasileiros que hoje são vítimas da ditadura do judiciário”.

“A fala do presidente da Câmara dos Deputados mostra um total descompasso com a realidade do Brasil. É no mínimo desastroso, senão criminoso, Hugo Motta ignorar que temos, sim, censura contra jornais; presos, exilados e perseguidos políticos”, postou Van Hattem em suas redes sociais.

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“Tudo fica mais nebuloso quando lembramos que na noite anterior [ao discurso] Motta esteve em um jantar promovido por Alexandre de Moraes — o maior abusador da República — em homenagem a Rodrigo Pacheco”, prosseguiu o parlamentar do Rio Grande do Sul.

Van Hattem cobra retratação e pedido de desculpas de Hugo Motta

O deputado cobrou uma retratação de Motta e clamou por anistia. “Hugo Motta precisa se retratar para que as pessoas que hoje são perseguidas no Brasil não se sintam ainda mais abandonadas e desrespeitadas pela Câmara dos deputados. Anistia, já!”

Em um vídeo postado nas redes sociais, no qual mescla seu discurso na Câmara com imagens de notícias e jornais, Van Hattem expõe casos recentes de censura a jornais, como a Gazeta do Povo e a Revista Crusoé; menciona as decisões judiciais, especialmente de Moraes, que impedem centenas de pessoas de usarem redes sociais.

O deputado do Novo também relembra a ordem de bloqueio do Twitter/X em agosto do ano passado; e cita o seu próprio caso como exemplo de perseguição política, porque passou a responder a inquérito por pronunciamento feito na tribuna, o que é uma clara afronta à imunidade parlamentar.

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