Robson de Souza, o Robinho, completa nesta sexta-feira, 21, um ano do cumprimento de sua sentença por estupro coletivo, ocorrido na Itália, em 2013. Aos 41 anos, o ídolo do Santos e da Seleção Brasileira cumpre a pena no Presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. A unidade é conhecida por abrigar criminosos de grande notoriedade, muitos dos quais são figuras públicas ou envolvidos em crimes de grande repercussão, o que justifica a necessidade de proteção especial.
Enquanto seus advogados trabalham para modificar a pena em instâncias superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), Robinho aposta no bom comportamento e na participação em cursos educacionais como forma de reduzir o tempo de prisão.
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Segundo informações da Polícia Penal de São Paulo, Robinho mantém convivência adequada com os outros detentos e participa de atividades esportivas durante os períodos de banho de sol. Além disso, o ex-jogador completou os dez módulos do Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania, que visa à capacitação profissional e à conscientização sobre cidadania. Ele também integra um clube de leitura dentro do presídio.
O que quer Robinho
Com o objetivo de obter uma possível mudança no regime de cumprimento da pena, Robinho aguarda uma revisão de sua sentença. Isso pode permitir sua transição para o regime semiaberto, conforme previsto pela Lei de Execução Penal, caso o bom comportamento seja comprovado. Embora um dos recursos apresentados por seus advogados tenha sido retirado da pauta de julgamentos no STJ, no último dia 13, a defesa ainda tenta novos recursos.
O ex-jogador sempre negou as acusações. Antes de ser preso, Robinho publicou um vídeo nas redes sociais no qual apresentava evidências, como fotos e prints, que, segundo ele, provariam sua inocência. A defesa, liderada pelo advogado José Eduardo Alckmin, não se manifestou sobre a retirada do recurso ou sobre o andamento do caso.
Além dos advogados, Robinho tem recebido visitas frequentes de familiares. Apesar de a lista de visitantes ser mantida em sigilo pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), pessoas como o ex-técnico Emerson Leão expressaram publicamente o desejo de visitá-lo. Leão, que treinou Robinho no Santos, afirmou em fevereiro que mantém contato com o ex-jogador e aguardava autorização do presídio para vê-lo. Contudo, como as visitas são restritas a parentes de primeiro grau, isso provavelmente não ocorrerá.
A morte de um dos acusados
O filho mais velho de Robinho, Robinho Jr., de 17 anos, recentemente assinou seu primeiro contrato profissional com o Santos e visita o pai uma vez por mês. Neste sábado, 22, o ex-atleta deverá receber visitas novamente, o que marcará seu primeiro contato com alguém de fora depois da morte de Rudney Gomes, um dos amigos mencionados na condenação. Rudney, de 46 anos, foi encontrado morto na última terça-feira, 18, em Santos, em um caso registrado como suicídio, conforme informações da Polícia Civil.
Rudney, que trabalhava como segurança particular de Robinho, foi citado pelo Ministério Público italiano no caso do estupro coletivo. Contudo, não foi condenado, pois não foi julgado pela Justiça italiana, já que ele deixou o país antes da audiência e não foi localizado.
Além de Robinho, Ricardo Falco também foi condenado pelo mesmo crime e cumpre pena na Penitenciária 1 de Guarulhos, em São Paulo, unidade semelhante à de Tremembé. A advogada de Falco, Lorena Machado, informou que o caso dele segue tramitando nos tribunais, com recursos em estágios diferentes dos de Robinho.
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