A presidente do banco do Brics, Dilma Rousseff, foi reeleita para um mandato de mais cinco anos. A manutenção da petista teve a chancela do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A indicação para o posto era uma prerrogativa dos russos. Dilma assumiu o comando da instituição em abril de 2023, com previsão de término do mandato em julho deste ano.
Ainda em 2024, Putin defendeu a extensão do mandato de Dilma à frente da instituição. O líder russo observou, no entanto, que em decorrência das restrições ao país devido à guerra com a Ucrânia, a atuação de seu governo junto à instituição financeira poderia sofrer, assim, vários níveis de comprometimento.
Putin obtém crédito com a indicação
A permanência de Dilma teria relação principalmente com um gesto de proximidade da Rússia com o Brasil. Por trás da indicação da petista, Putin teria, no futuro, o crédito de contar com o apoio brasileiro em torno de uma outra indicação quando as sanções internacionais deixarem de vigorar. Em junho do ano passado, Dilma esteve com o presidente russo em São Petersburgo. Na ocasião, ele a parabenizou pelo “progresso” do banco na atual gestão.
No Twitter/X, a ministra Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, parabenizou Dilma pela continuidade no cargo. “Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos BRICS vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”.
A mesa de presidente e vice-presidentes do Banco do Brics se define conforme rotatividade entre os membros fundadores (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) do grupo. O banco nasceu formalmente em 2015 com o propósito de financiar projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros.
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