Flopou — Versão Live Action de Branca de Neve é um fiasco e arrecada míseros US$ 43 milhões na estreia

É “flopou” que fala? A Walt Disney Co. levou 88 anos para relançar aquele que foi o primeiro e maior clássico do estúdio, Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarfs). Aproveitando o máximo da tecnologia moderna, a versão integrou atores de verdade (o chamado Live Action) e imagens criadas em CGI (computação gráfica). Para tanto, foram investidos US$ 250 milhões na produção. A aguardada estreia ocorreu mundialmente na última sexta-feira, 21 de março. Foram arrecadados míseros US$ 43 milhões nas bilheterias norte-americanas. Sim, flopou é o que melhor define a estreia.

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É evidente que a expectativa da Disney apontava numa direção inversa. Os registros nos mostram que a animação original, lançada em 1937 ao custo de US$ 1,5 milhão, arrecadou mais de US$ 70 milhões somente nos Estados Unidos. E as histórias de Hollywood nos contam que, com esse dinheiro todo, o visionário Walt Disney construiu o primeiro estúdio da Disney em Burbank, Califórnia. Mas a realidade, ao contrário dos contos de fada, é cruel.

Branca de Neve: desde o início, uma produção cercada de polêmicas

Branca de Neve enfrentou um caminho tortuoso desde o início da produção, cercada e atormentada por polêmicas. Primeiro foi a questão dos anões. Sete deles, de carne e osso, perderam a oportunidade de um emprego porque a Disney (e também muita falação do anão e ator Peter Dinklage) considerou que seria ofensivo à classe dos anões utilizar… anões. No lugar deles, entraram as animações renderizados em CGI.

Em seguida veio a controversa escolha da jovem Rachel Zegler para o papel principal, atriz de origem colombiana que não é exatamente branca. Os produtores sabiam disso. Os roteiristas também, inclusive se viram na obrigação de criar um diálogo para contemporizar o debate. No filme, um anão pergunta:

“Por que seu nome é Branca de Neve?”

“Porque eu nasci num dia em que nevava uma neve mito branca.”

Na animação de 1937, a jovem dizia o óbvio:

“Porque eu sou tão branca quanto a neve.”

Uma alteração sutil, mas que faz toda diferença.

Some-se a isso uma série de outros problemas na engenharia da produção, o que levou a Disney a adiar a estreia programada. Imaginaram que seria positivo dar tempo ao tempo. Mas então vieram as primeiras sessões exclusivas para a imprensa especializada e também as de testes de público. E dá-lhe comentários negativos. Os críticos torceram o nariz para a live-action da Disney, com avaliações chegando a apenas 43% no Rotten Tomatoes. O público, via redes sociais, igualmente destruiu a obra.

Para registro, Branca de Neve teve uma estreia pior do que Dumbo (2019), com US$ 46 milhões, e bem abaixo de Cinderela (2015), com US$ 67,9 milhões, apostas anteriores da Disney em versões Live Action. O sinal amarelo, portanto, está ligado. O estúdio pretende lançar em maio a live-action de Lilo & Stitch, além de ter planilhadas as produções de Moana e Enrolados.

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