A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) fez um apelo aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para reconsiderarem suas decisões, com o objetivo de “garantir justiça” em seu julgamento.
Este pedido vem depois de o STF ter alcançado a maioria de votos necessários para condená-la por perseguição armada ao jornalista Luan Araújo, em outubro de 2022.
Se a condenação for confirmada, Zambelli poderá enfrentar uma pena de cinco anos e três meses de prisão e perder seu mandato parlamentar.
O julgamento foi temporariamente suspenso depois de o ministro Nunes Marques solicitar mais tempo para analisar o caso, um pedido feito na segunda-feira 24.
Voto decisivo e suspensão do julgamento de Zambelli

O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, quer pena de cinco anos e três meses de prisão para a parlamentar. O voto do magistrado havia sido acompanhado por Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, antes de Kassio Nunes Marques pedir vista.
O pedido de vista suspende o julgamento, porém, os ministros Cristiano Zanin e Dias Toffoli anteciparam seus votos e consolidaram maioria. O voto decisivo que formou a maioria foi dado pelo ministro Dias Toffoli na terça-feira 25, elevando a contagem para 6 a 0 a favor da condenação.
Apesar disso, o processo só vai terminar depois que todos os ministros votarem. Ainda existe a possibilidade, por exemplo, de algum magistrado pedir destaque e levar o caso ao plenário físico, em que todos os votos zeram, e o placar recomeça.
Em nota, Zambelli expressou gratidão ao ministro Nunes Marques pela suspensão do julgamento e se mostrou otimista com o desfecho do caso.
Ela agradeceu o apoio recebido e afirmou: “Sigo firme, confiando em Deus e em Sua justiça, que nunca falha.” Em sua defesa, a deputada sustenta que foi perseguida pelo jornalista e que seu telefone foi vazado, resultando em ameaças contra ela e sua família.
Defesa e alegações da deputada
Zambelli enfatiza que sua ação foi uma resposta a uma agressão, e não um ataque deliberado.
Ela declarou: “É imperioso destacar: sou acusada por me defender de um agressor que me perseguiu em São Paulo”.
O vazamento de seu telefone, segundo ela, foi feito por membros da esquerda, confessado por um deputado envolvido em escândalos de “rachadinhas”.
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