A paralisação das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM terá início à meia-noite desta quarta-feira, 26. Cerca de 550 mil passageiros podem ser diretamente afetados. Esse número representa a média diária de embarques em janeiro, segundo dados da própria companhia.
Os trabalhadores rejeitam o plano de concessão elaborado pelo governo de São Paulo. A proposta prevê a transferência das três linhas à iniciativa privada por 25 anos, com promessa de R$ 14,3 bilhões em investimentos. O leilão está marcado para esta sexta-feira, 28, na sede da B3.
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O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil exige a suspensão do certame.
Linhas da CPTM impactadas somam quase 17 milhões de embarques
A linha 11-Coral, que liga a estação Palmeiras-Barra Funda a Mogi das Cruzes, registrou mais de 11 milhões de embarques em janeiro. A 12-Safira, entre o Brás e Poá, somou 5,2 milhões. Já a 13-Jade, única com ligação direta ao Aeroporto de Guarulhos, transportou quase 492 mil passageiros no mesmo período.
O governo Tarcísio já concedeu outras três linhas da CPTM. Desde 2022, a ViaMobilidade — do grupo CCR — opera as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. A linha 7-Rubi será repassada ao consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos em novembro. O grupo reúne a Comporte, da família Constantino, e a estatal chinesa CRRC.
A entidade estima que 2 mil funcionários trabalham nas linhas ameaçadas de concessão. Nesta terça-feira, 25, os ferroviários protestaram em frente à sede da B3, no centro de São Paulo. Às 20h, farão nova assembleia para confirmar oficialmente a greve por tempo indeterminado.
Acesso ao Aeroporto de Guarulhos será comprometido
O Aeroporto Internacional de Cumbica depende das linhas ferroviárias afetadas. A linha 13-Jade sai da estação Engenheiro Goulart, na zona leste. O Expresso Aeroporto parte da estação da Luz e opera provisoriamente até abril. Ambos os serviços oferecem embarques a cada hora e cobram R$ 5,20.
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