O Itaú entrou com nova ação contra seu ex-vice-presidente financeiro (CFO) Alexsandro Broedel e o contador Eliseu Martins. No processo, o banco cobra R$ 6,6 milhões por pareceres contábeis que afirma não ter recebido. Em janeiro, a instituição financeira já havia solicitado a devolução de R$ 3,3 milhões, transferidos ilegalmente de Martins para Broedel.
A petição foi divulgada pelo jornal Valor Econômico. No documento, o banco afirma que Broedel contratou 40 pareceres enquanto era CFO do Itaú, mas apenas 20 foram entregues.
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O banco afirma também que Martins “confessou e assumiu” que não prestou quatro desses pareceres e prometeu devolver R$ 1,5 milhão, o que ainda não ocorreu. Sobre os outros 16, Martins alegou que prestou “serviços de consultoria toda especial”, justificativa que o Itaú contesta.
O caso veio à tona em dezembro de 2024, quando o Itaú acusou Broedel e Martins de fraude depois de identificar uma sociedade e transferências de recursos entre os dois que teriam beneficiado o ex-executivo.
Itaú diz que houve esquema ilícito
Ainda de acordo com a petição, o banco alega que Broedel autorizava pagamentos por pareceres inexistentes e recebia 40% dos valores pagos a Martins. Também afirma que Martins assinou pareceres produzidos com Broedel, como um documento sobre o tratamento contábil dos juros sobre capital próprio.
Ao Valor, Martins disse estar “estarrecido” com a nova ação e negou conduta ilícita. Ele também declarou que, desde novembro de 2024, aguarda retorno do Itaú sobre sua proposta de devolução parcial dos valores pagos antecipadamente.
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Já Broedel alegou que Martins prestava serviços ao banco havia décadas e que os trabalhos eram conhecidos e solicitados por diferentes áreas da instituição. “Causa profunda estranheza que o Itaú Unibanco levante a suspeita sobre supostas condutas impróprias somente depois de Broedel ter apresentado a renúncia aos seus cargos no banco para assumir uma posição global em um dos seus principais concorrentes”, disse ao jornal.
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