O Índice Nacional de Confiança (INC) do consumidor brasileiro atingiu 97 pontos em março, o que representa a terceira queda consecutiva. O levantamento, realizado pela PiniOn, a pedido da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), entrevistou 1,6 mil famílias por todo o país.
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De acordo com as métricas da PiniOn, os resultados acima dos 100 pontos são otimistas. Os números abaixo desse recorte são pessimistas. Os 97 pontos representam uma queda de 2%, em comparação a fevereiro, e também ao mesmo período de 2024.
Entre as regiões do Brasil, a única que mostrou aumento na confiança foi o Nordeste. O Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste tiveram queda. O Norte se manteve estável. Nas classes socioeconômicas, houve recuo para os recortes AB e C. A classe DE demonstrou otimismo e elevou os números.
Os motivos da retração na confiança do consumidor
Uma das principais preocupações das famílias brasileiras é a atual situação financeira. Em menor escala, aparece a instabilidade na segurança com o emprego. A redução nessas áreas gerou desgaste no consumo — sobretudo, com a crescente inflação no preço dos alimentos.
“Em síntese, o INC de março seguiu mostrando contração tanto em termos mensais
como na comparação interanual, o que levou o índice a recuar ainda mais dentro do campo
pessimista”, conclui o levantamento.
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Para o economista Ulisses Ruiz de Gamboa, da Associação Comercial de São Paulo, a retração no INC é resultado de um cenário econômico negativo.
“Os sinais de desaquecimento da economia, evidenciados pela queda na geração de empregos, aliados à aceleração da inflação num cenário de alto endividamento das famílias
e juros elevados, têm levado o consumidor a adotar uma postura mais cautelosa em
suas decisões de compra”, afirmou Gamboa.
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