Em editorial publicado nesta quinta-feira, 27, o jornal O Estado de S. Paulo fez uma crítica às declarações do vice-presidente Geraldo Alckmin, que sugeriu que o Banco Central deveria desconsiderar itens voláteis, como alimentos e energia, ao definir a taxa de juros. Ele argumenta que juros altos não resolvem problemas climáticos nem geopolíticos, que são fatores de inflação.
“Juros elevados, na avaliação de Alckmin, só aumentam a dívida e prejudicam a economia sem resolver a origem dos problemas”, disse o jornal.
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O editorial rebate, e diz que essa visão é simplista e revela desconhecimento sobre a dinâmica da inflação, que está disseminada por toda a economia, não apenas restrita a alguns itens. A política de juros altos, embora imperfeita, é uma forma eficaz de conter a demanda geral, e não deve ser tratada com leviandade.
Para o jornal, Alckmin revela desconhecimento e incompreensão sobre a inflação
“Alckmin não revela somente seu próprio desconhecimento, mas a incompreensão de boa parte do governo sobre um fenômeno que tem corroído a popularidade do presidente Lula da Silva”, enfatizou a publicação.
O texto também critica o governo Lula por minimizar a inflação e procurar culpados em vez de enfrentar o problema de forma técnica. Ao propor ignorar o índice cheio da inflação, o governo estaria apenas maquiando a realidade econômica, como se quebrar o termômetro fosse solução para a febre.
“Há meses o governo Lula da Silva anda em círculos tentando eleger vilões e encontrar culpados pelo avanço dos preços”, enfatizou o veículo de imprensa. “Usar de subterfúgios para reduzir a importância da inflação cheia é o mesmo que combater uma febre alta sem administrar antitérmicos. O paciente continuará a sentir calafrios, ainda que o médico quebre o termômetro para convencê-lo de que está tudo bem.”
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