Mais de 3,5 mil igrejas fecharam no Reino Unido nos últimos dez anos, segundo a National Churches Trust. A queda no número de fiéis e os altos custos de manutenção dos prédios são os principais motivos. Entre 3 mil e 5 mil igrejas paroquiais estão fechadas ou funcionam de forma intermitente sem um vigário residente.
Enquanto muitos prédios estão abandonados, outros se tornaram restaurantes, academias, piscinas e até mesquitas. A Igreja da Inglaterra estima que cerca de 20 templos deixam de ser usados para cultos todos os anos e mantém uma lista atualizada de propriedades disponíveis para venda ou aluguel.
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Um exemplo é a “St Thomas’ United Reformed Church”, em Watford, Hertfordshire, fechada em 2015 devido a problemas estruturais. Em dezembro passado, a comunidade muçulmana local adquiriu o prédio para atender uma população estimada em 15 mil pessoas.
Reino Unido: menos cristãos, menos igrejas
Em Stoke-on-Trent, a Igreja da Inglaterra bloqueou, em agosto de 2023, a conversão de uma igreja desativada para uso como mesquita. A decisão se baseou em uma cláusula legal que proíbe o uso do local para cultos não cristãos, em vigor desde a venda do imóvel pela diocese de Lichfield, em 2009.
O comparecimento aos cultos dominicais caiu desde a pandemia, quando muitas igrejas adotaram celebrações virtuais. O número de fiéis aos domingos caiu de 788 mil, em 2013, para 557 mil.
O censo de 2021 mostrou que 46% da população britânica, menos da metade, se declarava cristãs, uma queda em relação aos 59% registrados em 2011. O número de pessoas sem religião subiu para 22,2 milhões (37,2%), enquanto a comunidade muçulmana cresceu de 2,7 milhões para 3,9 milhões no mesmo período.
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Além das mesquitas, igrejas desativadas foram transformadas em espaços comerciais e de lazer. Em Bournemouth, a antiga “St Andrew’s Church” abrigou a boate Halo até seu fechamento, no ano passado. O pub The Samuel Peto, da rede JD Wetherspoon, funciona desde 1998 no local de uma antiga igreja em Folkestone.
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Em Londres, a rede de academias Virgin Active transformou uma capela que fazia parte do hospital psiquiátrico Clayburn Asylum desde 1892 em uma piscina de 24 metros. O espaço preserva vitrais e arcos góticos, agora parte da decoração do clube.
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