Débora dos Santos explica uso do batom em estátua; assista

A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, disse, em depoimento divulgado nesta quarta-feira, 26, que não invadiu nenhum dos prédios dos Três Poderes durante os atos de 8 de Janeiro de 2023. Débora tornou-se conhecida principalmente depois que uma fotógrafa registrou a sua imagem enquanto escrevia com um batom a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF)

“Eu não adentrei em nenhum dos prédios do STF, nem do Congresso, nem do Palácio do Planalto. Em nenhum dos lugares. Eu só fiquei naquela praça”, disse. O depoimento de Débora resulta de gravação em novembro de 2024 durante uma audiência. O vídeo passou a fazer parte do processo em 26 de março de 2025. Na ocasião, o ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo do documento. 

Débora cita Barroso

Débora disse, sobretudo, que “não fazia ideia” do valor “financeiro e simbólico” do monumento. Conforme suas declarações, a estátua já estava sendo pichada por um homem que, assim, lhe pediu ajuda. “Faltou, talvez, um pouco de malícia da minha parte, porque ele começou a escrever e ele falou assim: ‘Eu tenho uma letra muito feia, moça. Você pode me ajudar a escrever?’. E aí eu continuei fazendo a escrita da frase dita pelo ministro [do STF] Barroso”.

A frase “perdeu, mané” refere-se a uma resposta de Barroso, em 2022, a um brasileiro que contestava o resultado das urnas nas eleições de 2022. O ministro da Corte estava em Nova York, nos Estados Unidos, para participar de uma conferência. O vídeo com o depoimento de Débora faz parte da Ação Penal 2508.

Débora, que é mãe de duas crianças, escreveu uma carta na qual pede desculpas a Moraes. O documento também está no processo. O caso de Débora segue em julgamento na Primeira Turma do STF. Até o momento, os ministros Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de 14 anos de prisão à cabeleireira. 

Contudo, ainda faltam votar os ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Fux, aliás, pediu revisão do processo. Desse modo, ele quer analisar primeiramente a pena de 14 anos de prisão. “Confesso que eu, em determinadas ocasiões, me deparo com uma pena exacerbada. E foi por essa razão que eu pedi vista do caso. Eu quero analisar o contexto em que essa senhora se encontrava”, afirmou.

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