O deputado federal André Janones (Avante-MG) chamou a cabeleireira Débora dos Santos, de 39 anos, de “essa desgraça” em uma publicação realizada neste sábado, 29, no seu perfil oficial no X.
“Alguém duvida que essa desgraça dessa Débora virá candidata ano que vem?”, questionou Janones. O parlamentar ainda disse que a mulher deve concorrer às eleições de 2026 com o slogan “Débora do Batom”: “Podem anotar.”
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“Se continuarmos assistindo a banda passar, eles irão concluir o plano de correr a democracia por dentro, elegendo a maioria de nazistas ano que vem, tanto na Câmara quanto no Senado, e pavimentando o caminho para a derrubada definitiva do Estado Democrático de Direito”, escreveu Janones.
Débora dos Santos deixa a prisão
Débora dos Santos deixou o Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, no interior de São Paulo, na noite de sexta-feira, 28. A liberação ocorreu depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder a prisão domiciliar para a mulher.
A cabeleireira foi detida em 2023 por ter escrito com batom “perdeu, mané” na estátua da Justiça, que fica em frente à sede do STF em Brasília, durante os atos de 8 de janeiro. Ela agora está em sua casa, em Paulínia, também no interior paulista. A informação foi confirmada neste sábado, 29, pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo.
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A decisão de Moraes seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou a favor da substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.

Janones admite “rachadinha”
Em 6 de março, Janones firmou um acordo com a Procuradoria-Geral da República e se comprometeu a devolver mais de R$ 130 mil. Além disso, deve pagar uma multa de cerca de R$ 25 mil. Essa medida visa a encerrar a investigação sobre a “rachadinha” e a evitar um processo criminal.
A “rachadinha” refere-se a um esquema de desvio de dinheiro público em que servidores são induzidos a repassar parte de seus salários ao político que os emprega. Janones confirmou que, no começo de 2019, em meio a dificuldades financeiras, solicitou o cartão de crédito de um assessor para despesas pessoais.
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Em 2024, o Conselho de Ética arquivou um processo contra Janones. Na ocasião, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) argumentou que a questão deveria ser tratada pelo Judiciário, e não pelo Legislativo. O relatório de Boulos foi aprovado por 12 votos a 5, o que resultou no arquivamento do caso.
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