Uma mulher sobreviveu ao terremoto em Mianmar depois de passar 60 horas soterrada sob os escombros do Great Wall Hotel, na cidade de Mandalay. O resgate aconteceu nesta segunda-feira, 31, com participação de equipes da China, da Rússia e de Mianmar. A vítima foi retirada com vida e se encontra estável, conforme informou a agência Reuters.
O tremor, de magnitude 7,7, sacudiu o país na sexta-feira 28 e provocou destruição generalizada. Mandalay, próxima ao epicentro, está entre as cidades mais devastadas. Segundo o governo local, mais de 1,7 mil pessoas morreram. Estimativas não oficiais, divulgadas pelo Wall Street Journal, apontam para mais de 2 mil mortos.
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Na Tailândia, país vizinho, as consequências também são graves. Um prédio em construção desabou em Bangcoc, e 76 pessoas continuam desaparecidas. Equipes de resgate retomaram os trabalhos nesta segunda. O governador da capital, Chadchart Sittipunt, afirmou que há indícios de vida nos escombros e que as buscas vão continuar. Cães farejadores foram acionados para apoiar os trabalhos.
23 mil pessoas foram afetadas pelo terremoto
O terremoto afetou diretamente a vida de ao menos 23 mil pessoas em Mianmar. A ONU anunciou envio de ajuda humanitária. Países como Índia, China, Malásia, Cingapura e Rússia ofereceram apoio logístico e médico. Os Estados Unidos destinaram US$ 2 milhões em assistência emergencial e mobilizaram a Usaid para atuar na região.
A catástrofe se soma a uma crise prolongada. Desde o golpe militar de 2021, que depôs o governo eleito de Aung San Suu Kyi, o país vive em estado de guerra civil. A ofensiva do Exército continua, mesmo depois do desastre. Grupos rebeldes denunciam bombardeios em vilarejos e ataques a civis.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores de Cingapura pediu publicamente o cessar das hostilidades. Para ele, a ajuda humanitária depende de acesso seguro e trégua imediata.
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