Depois de manifestantes queimarem bandeira de Israel na UnB, Zambelli aciona o MPF

Depois de manifestantes terem queimado uma bandeira de Israel em um ato pró-Palestina na Universidade de Brasília (UnB), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) acionou o Ministério Público Federal (MPF) para investigar o caso, que ocorreu na quarta-feira passada, 26.

Em ofício encaminhado ao MPF, Zambelli critica a omissão da reitoria da UnB, “que falhou ao não reprimir ou condenar o incidente”. Além da bandeira de Israel, os estudantes também queimaram a bandeira dos Estados Unidos.

Para a parlamentar, a conduta “configura potencial prática de ato discriminatório de cunho antissemita, além de possível infração penal e ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública”.

“A queima de uma bandeira que incorpora a Estrela de Davi, símbolo milenar do judaísmo, e que representa a identidade nacional e religiosa de um povo, pode configurar nítida incitação à intolerância religiosa e étnica, notadamente no atual cenário de escalada global do antissemitismo”, destacou Zambelli. “Ao se queimar um símbolo que carrega, além de valor nacional, evidente sacralidade para a fé judaica, os manifestantes possivelmente incorreram em violação direta a esse dispositivo penal, atingindo toda uma comunidade de fé.”

A parlamentar também embasou o pedido de investigação: “O ato configura crimes previstos na Lei que pune discriminação por raça, etnia ou religião, além de violações ao Código Penal, como vilipêndio a símbolos religiosos e incitação ao crime”.

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) | Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Zambelli quer identificação de estudantes em ato contra Israel

Ao acionar o MPF, Zambelli também solicita ao órgão a identificação e punição dos responsáveis sobre a manifestação contra Israel. A parlamentar também quer a “apuração rigorosa” da conduta da reitoria e a adoção de medidas preventivas pela universidade, como políticas contra o antissemitismo. 

“A liberdade acadêmica não é um salvo-conduto para o ódio, nem um escudo para covardes que se escondem atrás de títulos”, afirmou. “Queremos uma universidade que não seja um antro de preconceitos disfarçados de erudição, mas um espaço onde a razão e a dignidade humana prevaleçam.”

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