O Instituto Nacional de Estatísticas da Argentina (Indec) informou nesta segunda-feira, 31, que a pobreza afetava 38,1% da população do país vizinho no final de 2024. Ao longo do primeiro ano de governo do presidente liberal Javier Milei foi registrada uma queda de catorze pontos percentuais na pobreza em relação aos 52,9% registrados no primeiro semestre de 2024.

Além disso, o índice de pobreza na Argentina vem caindo também em relação a 2023, quando no final do ano retrasado estava em 41,7%.
“A pobreza sem precedentes deixada pelos governos de Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Sergio Massa, que atingiu o pico de 52,9% no primeiro semestre de 2024, foi reduzida a 38,1% no segundo semestre de 2024, enquanto a pobreza extrema diminuiu de 18,1% para 8,2%, como efeito direto do combate à inflação levado a cabo pelo presidente Javier Milei, além da estabilidade macroeconômica e da eliminação de restrições que durante anos limitaram o potencial econômico dos argentinos”, indicou um comunicado da Presidência argentina após as informações do Indec.
Saiba mais: Atividade econômica da Argentina sobe 6,5% em janeiro, maior crescimento desde 2022
“Essas taxas refletem o fracasso de políticas passadas, que mergulharam milhões de argentinos em condições precárias enquanto promoviam a ideia de ajudar os pobres, mas a pobreza continuou a aumentar. A atual administração demonstra que o caminho da liberdade econômica e da responsabilidade fiscal é o caminho para reduzir a pobreza a longo prazo”, continuou a declaração.
Pobreza relativa também cai na Argentina
A parcela da população que não consegue cobrir as despesas da cesta básica, os chamados “indigentes”, eram 8,2% no final de 2024. Outro indicador em queda em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando foi de 18,1% e ao final de 2023, quando foi de 11,9%.
Saiba mais: Especialista diz que Argentina pode se tornar a Singapura da América Latina
Com isso, em comparação com o primeiro semestre de 2024, cerca de 6,9 milhões de argentinos saíram da pobreza e, dentro dessa população, 4,64 milhões de pessoas deixaram de ser indigentes.
A pobreza, medida em termos de população, foi a mais baixa desde o primeiro semestre de 2022.
A desaceleração da inflação, juntamente com a recuperação econômica e salarial, e o aumento da cobertura governamental para programas sociais como o Auxílio-doença Universal para Crianças (AUH) e o Cartão-alimentação, levaram a um declínio acentuado nas taxas de pobreza e pobreza extrema.
Inflação argentina sob controle
A inflação está em seus níveis mais baixos dos últimos três anos, os salários do setor privado já ultrapassaram seus níveis de novembro de 2023 e a atividade econômica está mostrando uma expansão de perto de 6%. Esses fatores consolidam um declínio mais sustentado da pobreza e criam condições para que as rendas continuem melhorando.
Saiba mais: Argentina de Milei tem superávit fiscal de US$ 1,1 bilhão em fevereiro
O Observatório da Dívida Social Argentina (ODSA) da UCA estimou que 2024 fechará com uma taxa de pobreza entre 38 e 39 por cento. A previsão atual da Universidade Torcuato Di Tella estimou uma taxa de pobreza de 36,8% para o semestre de julho a dezembro. “A incidência projetada pode ser mecanicamente dividida em uma taxa média ponderada de pobreza de 38,8% para o terceiro trimestre de 2024 e 34,8% para o quarto trimestre”, afirmou o relatório.
O post Argentina registra queda forte na taxa de pobreza, que passa de 52,9% para 38,1% apareceu primeiro em Revista Oeste.