Defesa de idosa condenada a 14 anos pelo 8/1 aciona a OEA

O advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha, que defende Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, acionou a Organização dos Estados Americanos (OEA) para denunciar violações de direitos humanos no caso da idosa condenada a passar os próximos 14 de sua vida na cadeia, em virtude do 8 de janeiro.

Cunha quer que a OEA recomende à Justiça brasileira a concessão de prisão domiciliar para Adalgiza, sobretudo porque a mulher corre “risco de morte”.

Antes de ser presa, Adalgiza era voluntária em uma entidade que cuida de portadores de HIV.

“A defesa solicitou, desde dezembro de 2024, atendimento médico e psiquiátrico para tratar sua arritmia cardíaca, depressão profunda e pensamentos suicidas”, informou o advogado, no pedido. “Exames de eletrocardiograma foram autorizados em 3 e 13 de dezembro de 2024, e a solicitação foi reiterada em 26 de fevereiro de 2025, período em que o presídio Colmeia passava por um surto de covid-19. No entanto, esses exames nunca foram realizados, colocando sua vida em risco. O presídio não oferece tratamento adequado para sua condição psicológica, agravando seu quadro de saúde.”

Descumprimento de normas internacionais em caso de presa do 8 de janeiro

8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, durante uma sessão plenária no STF – 13/03/2025 | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo

Conforme o advogado, a prisão de idosos e doentes crônicos sem assistência médica adequada configura “tratamento cruel e desumano”, violando:

  • Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Art. 5º – Direito à Integridade
    Pessoal)
  • Regras de Mandela (ONU) para o Tratamento de Presos
  • Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003)
  • Constituição Federal do Brasil (Art. 5º, XLIX – Direito à integridade física e moral dos
    presos)

Leia também: “A caminho do cadafalso”, reportagem publicada na Edição 262 da Revista Oeste

O post Defesa de idosa condenada a 14 anos pelo 8/1 aciona a OEA apareceu primeiro em Revista Oeste.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.