A farra promovida pelo PT no cofre da usina binacional de Itaipu, na fronteira com o Paraguai, é um caso de polícia e pode virar até um problema internacional, de acordo com uma série de denúncias de desvios, contratos sem fiscalização e espionagem. A edição 261 de Oeste traçou um raio-X do que aconteceu com a segunda maior hidrelétrica do mundo depois que o PT voltou ao poder. Itaipu não é fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pela dupla paternidade. O Supremo Tribunal Federal (STF) deu aval para que a usina opere nessa zona cinzenta e pediu a criação de um comitê binacional, que Lula não tirou do papel.
Na lista de contratos, chama a atenção o repasse de R$ 200 milhões para a construção de um hotel de luxo na cidade de Belém (PA), que vai abrigar a conferência do clima (COP-30), e tem a primeira-dama, Janja da Silva, como garota-propaganda. A empresa diz que o investimento faz parte de sua “missão socioambiental”. Não a usina tem contratos com indícios de desvios, como a entidade (OEI) que organiza a COP-30 agora também aparece no noticiário policial.
O edital de licitação do governo do Pará diz assim: “O hotel proporcionará hospedagem de luxo e conforto para chefes de Estado, dignitários e outros líderes globais que participarão da COP-30, garantindo um ambiente seguro e acolhedor”.
O complexo tem quase 500 quartos em padrão cinco estrelas, além da infraestrutura com restaurantes, bares, academia, salas de reunião e etc.
Em tempo: Belém é uma das capitais brasileiras com piores índices de saneamento básico, pobreza e IDH. Confira a reportagem de Oeste, publicada na edição 256.
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