China diz que guerra tarifária contra os EUA ‘não tem vencedor’

O Ministério do Comércio da China declarou que o país retaliará se os Estados Unidos continuarem a aplicar tarifas sobre produtos chineses. Essa declaração segue a ameaça do presidente Donald Trump de aumentar em 50% as tarifas sobre produtos chineses.

No comunicado divulgado na madrugada desta terça-feira, 8, a China classificou essas tarifas como infundadas e uma forma de intimidação unilateral.

Durante coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, enfatizou que “não há vencedores em uma guerra comercial ou uma guerra tarifária. O protecionismo não oferece saída”.

China se prepara para reação firme; Trump mantém ofensiva

O presidente dos EUA, Donald Trump, segura um documento sobre “Barreiras ao Comércio Exterior” enquanto faz comentários sobre tarifas no Rose Garden na Casa Branca em Washington, D.C., EUA, 2 de abril de 2025 | Foto: Carlos Barria/REUTERS

Jian afirmou que, se os EUA persistirem em desconsiderar os interesses comuns de ambos os países e da comunidade internacional, e continuarem a escalar o conflito, a China “lutará até o fim”.

Ele também questionou a disposição dos EUA para um diálogo sincero, afirmando que “se eles realmente quiserem isso, devem adotar uma atitude de igualdade, respeito e benefício mútuos”.

Trump, por sua vez, estabeleceu que, se a China não retirar até 8 o aumento de 34% sobre práticas comerciais consideradas abusivas, os EUA imporão tarifas adicionais de 50% no dia 9.

Ele também anunciou em sua rede social que todas as negociações com a China serão encerradas.

Escalada de tensões comerciais

Mais cedo, a China já havia sinalizado que intensificaria suas ações retaliatórias. O governo chinês reiterou que suas medidas visam a proteger sua soberania, segurança e interesses econômicos, além de manter a ordem no comércio global.

As autoridades chinesas consideram essas contramedidas legítimas e uma resposta necessária às ações dos EUA, que acusam de chantagem.

Desde o anúncio das tarifas por Donald Trump, na última quarta-feira, 2, jornais estatais e autoridades chinesas iniciaram uma ofensiva retórica. O People’s Daily, porta-voz do Partido Comunista, afirmou que a China resistiu a sanções desde 2017 e cresceu sob pressão. Segundo o jornal, quanto maior a tensão, mais forte a economia se torna.

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