O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) renovou, na última semana, o mandato de Francesca Albanese, 48 anos, como Relatora Especial para os territórios palestinos.
A decisão teve forte oposição de Israel e dos Estados Unidos (EUA), em função do extenso histórico de declarações, consideradas tendenciosas e antissemitas, dadas pela relatora.
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A prorrogação, por mais três anos, estende a permanência de Albanese no cargo, que já era bastante polêmica. A jurista italiana ocupa a posição desde 2022, quando substituiu o canadense Michael Lynk. A renovação dela ocorreu com o apoio automático dos 47 membros do conselho.
“A renovação do mandato de Francesca Albanese é uma vergonha e uma mancha moral para as Nações Unidas”, afirmou Danny Danon, enviado de Israel à ONU.
“Albanese é uma antissemita notória que repetidamente expressou não apenas visões tendenciosas contra Israel, mas também retórica odiosa direcionada ao povo judeu como um todo.”
Entre as inúmeras declarações da advogada e acadêmica italiana, formada pela Universidade de Pisa, destacam-se a repetição da teoria da conspiração antissemita de que os EUA são “controlados” pelo “lobby judeu”, comparações obsessivas de Israel com a Alemanha nazista.
Albanese afirmou que “a trajetória do genocídio, como digo, tem sido o gene adormecido do projeto colonial que Israel impôs na Palestina”.
Insinuou que Israel e a agência de inteligência norte-americana (CIA) estariam por trás do ataque mortal ao Charlie Hebdo em 2015, na França. Também negou a natureza antissemita da ideologia extremista defendida pelo Hamas.
Falas antissemitas da relatora da ONU
Albanese também disse que são as Forças de Defesa de Israel que utilizam escudos humanos, ao construir sedes em áreas populacionais. Por suas declarações, ela está proibida pelo governo de entrar em Israel.
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A Liga Antidifamação, em vários relatórios, também a acusa de antissemitismo.
“Desde o início, o preconceito e a falta de imparcialidade de Francesca Albanese em relação a Israel foram óbvios”, declarou a entidade em uma de suas notas.
“Ela tem um longo histórico de promoção de discursos antissemitas e uso de linguagem odiosa para atacar o Estado judeu de Israel, o que inclui comparar Israel aos nazistas , conspirações sobre o poder judaico , negar e diminuir o massacre de 7 de outubro e apoiar e defender a violência contra o Estado judeu.”
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