O Instituto Millenium se opõe à proibição do serviço de motos por aplicativo pela Prefeitura de São Paulo. Em uma publicação no Instagram nesta segunda-feira, 7, o think tank brasileiro apresenta 11 motivos para justificar a liberação do meio de transporte.
Primeiramente, diz o Instituto, há o custo-benefício para o passageiro. As motos são três vezes mais rápidas que o transporte público, ao mesmo tempo em que custam um quarto do preço do serviço de carro por aplicativo.
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As motos por aplicativo também são um meio de obtenção de renda para os mais pobres. De acordo com a apuração do Instituto Millenium, 60% dos motociclistas são os únicos provedores da família e 65% aumentam a renda com o serviço.
O aumento da segurança para as mulheres, que são 53% dos usuários do serviço, é outro fator. À noite, muitas passageiras optam pelas motos ao invés de carros por aplicativo, tanto por não ser um veículo fechado, como os automóveis, quanto por causa do preço mais baixo.
Há ainda o acesso facilitado das motos às periferias, onde ônibus e carros não chegam. As motos também otimizam o espaço urbano, o que reduz o trânsito, e emitem menos CO2 — ou seja, menos poluição —, prossegue o Instituto.
Quanto à segurança, principal justificativa da Prefeitura de São Paulo para proibir o serviço, o Instituto Millenium diz, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), que pedestres são mais vítimas de carros, ônibus e caminhões.
A Justiça suspendeu os serviços de transporte de passageiros por moto via aplicativos, reforçando nosso decreto criado para proteger a população, mas que as empresas 99 e Uber desrespeitaram e ignoraram até o momento.
Conseguimos provar o quanto é preocupante o aumento de… pic.twitter.com/wp0g4Akjde
— Ricardo Nunes (@ricardo_nunessp) January 27, 2025
Para a economia, as motos por aplicativo são positivas por contribuírem com R$ 5 bilhões para o PIB nacional. O serviço gera R$ 2 bilhões em renda e 114 mil empregos, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas obtidos pelo Instituto Millenium. Em São Paulo, a arrecadação pode chegar a R$ 28 milhões.
População deve ter liberdade para escolher motos por aplicativo, diz o Instituto
O serviço já funciona em mais de três mil cidades, que não registraram aumento expressivo de acidentes, prossegue a publicação. Além disso, o transporte por motos é previsto na Lei Federal 13.640/18.
Entre a população, 84% dos paulistanos são a favor da regulamentação, enquanto 62% querem usar o serviço. “Proibir é restringir o direito de trabalhar e se locomover”, diz o Instituto Millenium.
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