Numa tentativa de manifestar seu apoio e, do mesmo modo, oferecer um ‘prêmio de consolação’ a Juscelino Filho (MA), o União Brasil estuda a hipótese de realocar o seu afiliado e ex-ministro das Comunicações no posto de líder do partido na Câmara dos Deputados.
Juscelino pediu demissão ao presidente Lula da Silva nesta terça-feira, 9. O motivo foi a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele. A medida jurídica, que pode tornar-se ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), o acusa principalmente de envolvimento em desvios irregulares de recursos públicos decorrentes de emendas parlamentares.
União espera retorno de Lula
O agora ex-ministro, que é deputado licenciado pelo Maranhão, teria chances de assumir a vaga do atual líder da sigla na Casa, Pedro Lucas (MA), cujo nome está na lista de possíveis substitutos ao cargo de chefe da pasta das Comunicações.
A expectativa do partido é de que o presidente Lula da Silva confirme o nome do novo ministro assim que voltar de sua viagem oficial a Honduras. O retorno deve ocorrer ainda nesta semana. Em junho de 2024, Lula prometera dispensar Juscelino caso houvesse a denúncia da PGR, o que se confirmou. Dessa forma, o próprio União avaliou como insustentável a permanência de Juscelino no governo.
Os poderes (e privilégios) de um líder de partido; entenda
A ideia de conduzir Juscelino à liderança da bancada, além de consolo, seria uma estratégia do partido para reagir à denúncia da PGR. Afinal, o posto dá ao seu detentor uma série de poderes e privilégios. Saiba quais são:
- Participar do Colégio de Líderes
- Indicar membros para comissões
- Orientar a bancada nas votações
- Usar a palavra em nome da bancada
- Requerer urgência na tramitação de projetos
- Negociar acordos e articulações políticas
- Substituir membros da bancada em comissões
- Ter acesso ampliado aos espaços e estrutura
- Indicar líderes do partido em CPIs
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