Já falamos bastante aqui sobre Taylor Sheridan, o incansável criador de séries (Yellowstone, 1923, King of Tulsa, Lioness etc). Um de seus trabalhos menos conhecidos é o longa metragem Terra Selvagem (“Wind River”, 2017), escrito e dirigido por Sheridan, que a Netflix anunciou que vai tirar do streaming neste sábado, dia 12.
Terra Selvagem começa com um ritmo mais lento. Mas sendo uma obra do Sheridan, uma hora a trama explode em sangue e fúria. A história parte de uma situação real, que é uma espécie de causa para o autor: o relativo abandono da população indígena em reservas. Algumas progridem, outras ficam num limbo jurídico e econômico.
O filme parte de um crime. Natalie (Kelsey Asbille), uma jovem descendente de indígenas é encontrada pelo caçador profissional Cory Lambert (Jeremy Renner), morta e estuprada. Jane Banner (Elizabeth Olsen) é a agente do FBI encarregada do caso.

A investigação bate num muro: por causa de uma complexa situação legal, aquelas terras não estão sob a jurisdição nem da polícia indígena nem da polícia local. O que transforma a região literalmente numa terra sem lei, onde crimes podem ser cometidos sem qualquer punição.
Durante as filmagens, Taylor Sheridan foi visitado por líderes da tribo Shoshone, que informaram a ele que doze jovens já haviam sido mortas na região sem qualquer investigação. Wind River mostra essa situação sem discurso, apenas mostrando a dura realidade de viver num local inóspito e gelado, onde a lei não é garantida e os jovens são empurrados para a pobreza e depressão.
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