Decisão de Moraes de rejeitar pedido para Silveira trabalhar tem justificativas ‘estapafúrdias’, afirma defesa

Os advogados Paulo Faria e Michael Roberts, que atuam na defesa de Daniel Silveira, subiram o tom com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 10, depois de o juiz do STF rejeitar um pedido do ex-deputado para trabalhar e estudar fora da colônia agrícola onde atualmente se encontra, em Magé (RJ).

Conforme Faria e Roberts, Moraes apresentou “justificativas estapafúrdias, mentirosas e covardes, em claro ato de constrangimento”.

“Primeiramente, repudiamos as violações ao devido processo legal, pois o senhor Moraes não encaminhou o pedido de trabalho e estudo feito pela defesa à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação prévia, como sempre deve ser feito”, observou a defesa. “Ele decidiu de ofício e sem a opinião do PGR, fiscal da lei. Uma atitude ilegal e covarde.”

Ainda de acordo com os advogados, Silveira está no regime semiaberto, “portanto, tem direito ao trabalho externo e estudo de graduação, como previsto na Lei de Execuções Penais, e vem sendo ignorado sistematicamente por esse senhor”.

Defesa de Daniel Silveira rebate outros argumentos do ministro

Doutor Paulo Faria, advogado do ex-deputado Daniel Silveira | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo os advogados, diferentemente do que foi alegado por Moraes, Silveira não trabalha no presídio, e as leituras e cursos profissionalizantes que faz destinam-se a remir a pena, “que, aliás, sequer analisou o pedido de 38 dias de remição”.

“A defesa irá recorrer da decisão para questioná-lo incisivamente”, disseram os advogados.

Leia também: “Os enfermos do 8 de janeiro”, reportagem publicada na Edição 263 da Revista Oeste

O post Decisão de Moraes de rejeitar pedido para Silveira trabalhar tem justificativas ‘estapafúrdias’, afirma defesa apareceu primeiro em Revista Oeste.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.