O motorista que conduzia o Honda Civic que atropelou e matou duas jovens em uma avenida de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, trafegava em velocidade superior a 120 km/h. Os cálculos foram feitos por peritos consultados pelo portal UOL.
As câmeras de segurança registraram o momento em que Isabelli Helena de Lima Costa e Isabela Priel Regis, ambas de 18 anos, foram atingidas por um Honda Civic, sendo arremessadas a vários metros de distância. Elas sofreram múltiplas fraturas e morreram no local.
🚨Câmera registra atropelamento de duas jovens que atravessavam na faixa de pedestres em São Caetano do Sul (SP). pic.twitter.com/SYoP6YhjE1
— Ministério da Fofoca (@MinFofoca) April 10, 2025
O veículo envolvido é um Honda Civic Touring, modelo 2019, com capacidade para atingir velocidades de até 208 km/hora. Peritos apontaram que o carro estava a mais de 123 km/hora no momento da colisão.
As imagens analisadas mostram o carro em processo de frenagem, indicando velocidade ainda maior anteriormente.
Motorista que atropelou jovens em São Caetano do Sul tem 71 pontos na carteira
Investigadores identificaram modificações no veículo que podem ter sido feitas para melhorar o desempenho esportivo.
A delegada Kelly Sachetto mencionou a presença de dois escapamentos esportivos e alterações na aerodinâmica. Essas alterações levantam suspeitas sobre o uso do carro em corridas ilegais, conhecidas como “rachas”.
Jovens morrem após serem atropeladas em faixa de pedestre em avenida de SP
As duas jovens de 18 anos que morreram atropeladas na noite de quarta-feira (9) ao atravessar a principal avenida de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, eram melhores amigas e tinham ido comemorar o… pic.twitter.com/cJ92ytTqAX
— Jorge Ricardo (@iJorgeRicardo) April 10, 2025
A CNH do motorista estava em vias de suspensão devido ao acúmulo de 71 pontos por infrações de excesso de velocidade.
O motorista foi submetido a testes que não detectaram a presença de álcool no organismo. A polícia investiga se ele estava envolvido em rachas na noite do acidente.
Implicações legais
A delegada Sachetto informou que as autoridades procuram indícios de outro veículo. Em termos legais, o advogado do motorista classificou o incidente como uma “fatalidade”.
Entretanto, um especialista em leis de trânsito destacou que “o motorista acaba assumindo o risco e pode ser imputada uma parcela de responsabilidade a ele”, citando o conceito de dolo eventual, onde o condutor deveria prever as possíveis consequências de suas ações.
Se a participação em rachas for confirmada, o motorista poderá enfrentar acusações adicionais, com penas de prisão de 5 a 10 anos, conforme destacou a delegada.
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