O juiz federal Israel Almeida da Silva, da 14ª Vara Federal Cível de São Paulo, determinou, na última sexta-feira, 11, que a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda autorize o funcionamento da plataforma de apostas Zeroumbet. A empresa foi criada pela influenciadora e advogada Deolane Bezerra.
Investigada pela Polícia Civil de Pernambuco sob suspeita de criar a bet para lavar dinheiro fruto de jogos ilegais, Deolane chegou a ficar presa por duas semanas em 2024.
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A Zeroumbet Plataforma Digital Ltda., responsável pela marca, disse que Deolane não integra mais o quadro societário e que a empresa foi vendida a José Daniel Carvalho Saturnino.
O juiz deu prazo de 15 dias para que a nova gestão regularize sua representação processual, “juntando aos autos procuração outorgada pelo novo sócio administrador, acompanhada de cópia atualizada do contrato social”.
Esquema em que Deolane estaria envolvida movimentou cerca de R$ 3 bi
Das mais de 130 plataformas de apostas já autorizadas pelo Ministério da Fazenda, cerca de 20 ganharam licença por meio de decisões judiciais. A Polícia Civil de Pernambuco estima que o esquema de lavagem de dinheiro no qual Deolane estaria envolvida possa ter movimentado cerca de R$ 3 bilhões.

Criada em junho de 2024, a Zeroumbet teve capital inicial de R$ 30 milhões. Deolane rejeita as acusações.
Nesta segunda-feira, 14, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, votou pela manutenção da decisão que impediu o depoimento da influenciadora na CPI das Bets, no Senado.
Uma semana antes, ele havia concedido liminar que a isenta de prestar depoimento, por entender que ela não é obrigada a produzir provas contra si mesma na condição de investigada pela Polícia Civil de Pernambuco.
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