O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o Presídio Feminino do Distrito Federal ateste, por meio de uma junta médica, o estado de saúde de Adalgiza Maria Dourado. A idosa, de 65 anos, está presa em razão dos atos do 8 de janeiro.
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O advogado Luiz Felipe Cunha, que defende a idosa, afirma que ela não tem recebido tratamento adequado no presídio. Ela sofre de depressão profunda, pensamentos suicidas, crises de ansiedade e comorbidades dentro da cadeia. A defesa levou o caso à Organização dos Estados Americanos para denunciar a violação de direitos humanos.

Cunha se manifestou sobre a decisão de Moraes de querer provas sobre o estado de saúde da idosa. Para o advogado, é estranho que o ministro ordene o presídio atestar suas condições físicas e emocionais. De acordo com ele, o mesmo sistema prisional “tem tratado a idosa com descaso desde 2024”.
Presídio não realizou atendimento psicológico adequado para Adalgiza
A defesa alega que desde o ano passado o presídio não realizou “nenhum atendimento psicológico ou psiquiátrico adequado”. Cunha ainda afirma que o sistema prisional tampouco fez exames cardiológicos necessários, como avaliação de arritmia cardíaca.
“Em vez disso, a custodiada é apenas sedada com altas dosagens de medicação, o que agrava o estado de saúde mental e físico”, afirma Cunha. “Diante do contexto, esperamos que o laudo a ser emitido reflita, com fidelidade e responsabilidade, o verdadeiro e crítico estado de saúde de Adalgiza, sem acobertamentos ou omissões.”
Presa pelo 8 de janeiro não consegue se alimentar corretamente no presídio

De acordo com Cunha, a idosa não consegue se alimentar corretamente, em razão da má qualidade da comida que é oferecida no presídio. Ele ainda afirma que Adalgiza chora diariamente na Colmeia, em razão da depressão profunda.
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