A greve de fome iniciada há uma semana pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ), dentro da Câmara dos Deputados, acendeu um novo alerta sobre o uso de recursos públicos. O parlamentar continua acampado de forma improvisada em uma das dependências da Casa, alimentando-se apenas com soro, isotônicos e água de coco. O protesto é uma reação à decisão do Conselho de Ética que recomendou sua cassação por quebra de decoro.
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Interpelada por Oeste, a Mesa Diretora da Câmara confirmou que disponibilizou um médico e um enfermeiro, em regime de plantão nos fins de semana, para acompanhar a saúde do deputado.
A segurança segue com o efetivo habitual dos policiais legislativos, sem alterações na escala. A Câmara informou ainda que a equipe do gabinete do parlamentar o acompanha continuamente. Os eventuais custos decorrentes desse acompanhamento e da mobilização de profissionais de saúde só serão identificados na folha de pagamento do mês de maio.
Confira a íntegra da nota
“A Câmara dos Deputados tem fornecido todo o suporte de segurança e médico ao deputado Glauber Braga”, diz o texto, assinado pela assessoria de imprensa. “Nos dias com sessão deliberativa, não há equipe adicional de servidores para atender o parlamentar. Nos finais de semana e em outros dias não úteis, são mantidos um médico e um enfermeiro de plantão. Os policiais legislativos são os mesmos da escala já prevista para a Casa. Acompanha ainda o deputado Glauber Braga, ininterruptamente, sua própria assessoria. Eventuais custos adicionais só podem ser apurados na folha de pagamento do mês seguinte.”
Oposição reage a Glauber Braga
O gesto de Braga sensibilizou integrantes da base do governo Lula. Deputado de oposição, no entanto, encaram o movimento com ceticismo. A avaliação entre deputados críticos ao Palácio do Planalto é de que o protesto serve mais como ato simbólico do que como ferramenta efetiva de pressão.
Interpelado por Oeste, o deputado Kim Kataguiri (União-SP) ironizou a manifestação. “Esse tipo de teatrinho não comove ninguém”, disse.
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