Brasil ocupa última posição em ranking de competitividade industrial, diz CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quarta-feira, 16, um estudo em que o Brasil aparece na última posição em um ranking de competitividade industrial entre 18 países.

Intitulado Competitividade Brasil — 2023/2024, o relatório compara o Brasil a nações com desenvolvimento e mercados semelhantes, destacando a fraca colocação em ambiente econômico, educação e desenvolvimento humano.

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O estudo atribuiu notas de zero a dez aos países, baseando-se em fatores como ambiente de negócios, econômico e integração internacional. O Brasil obteve uma média de 3,6, superado por países como Peru, Colômbia e Argentina.

A alta taxa Selic, de 14,25% ao ano, e as falhas no sistema educacional foram identificadas como obstáculos significativos à competitividade e à inovação do país.

Estudo considera economias e mercados semelhantes aos do Brasil

Desde 2010, a CNI publica esse ranking, que nesta edição passou a considerar economias com produções e mercados de importação e exportação semelhantes aos do Brasil.

O relatório abrange oito fatores principais e mais de 20 subfatores, oferecendo uma análise detalhada dos desafios e das oportunidades para a indústria brasileira.

Entre os fatores, está o de baixo carbono e recursos naturais, em que o Brasil obteve o segundo lugar em descarbonização. A índice se deu devido ao uso de energia renovável e baixa intensidade de emissões de gases do efeito estufa.

Apesar desse bom desempenho, o levantamento aponta a necessidade de melhora em eficiência energética e economia circular, nas 12ª e 17ª posições, respectivamente.

Desempenho econômico e educacional

Em termos de ambiente econômico, o Brasil ficou em 18º, com um sistema tributário classificado como o 17º pior. A complexidade fiscal e a alíquota sobre a renda corporativa também foram destacadas negativamente.

No setor educacional, o país figura em 16º no ensino básico e 17º no profissionalizante e superior, segundo dados do Pisa e o investimento governamental.

O desempenho em desenvolvimento humano e trabalho foi igualmente fraco, com o segundo pior lugar do Brasil em diversidade, equidade e inclusão, ocupando as 16ª e 18ª posições em desigualdade de gênero e renda.

No entanto, o país teve uma boa colocação em segurança pública e defesa do Estado, ao ficar em segundo lugar, influenciado pelo impacto econômico da violência per capita.

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