Durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os gastos com publicidade estatal aumentaram, em média, 15% ao ano, em comparação à administração de Jair Bolsonaro.
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Nos primeiros dois anos de Lula, os investimentos publicitários totalizaram pelo menos R$ 4,1 bilhões, conforme levantamento do site Poder360. A média anual de despesas com propaganda sob o petista foi de R$ 2 bilhões, valor que supera o R$ 1,8 bilhão gasto por Bolsonaro.
Em comparação entre os dois primeiros anos de governo, de 2019 a 2020, a administração anterior destinou cerca de R$ 3,1 bilhões à publicidade. Além disso, em dois anos de gestão, Lula já utilizou 58% por cento do montante gasto por Bolsonaro em quatro anos.
Dados sobre publicidade estatal de Lula e Bolsonaro

Conforme o Poder360, a apuração dos dados ocorreu através do Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal (Sicom), acessíveis na plataforma da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e nos sites das empresas estatais.
A Secom esclareceu que a execução publicitária dos ministérios e das estatais ocorre de forma independente. Entre as empresas públicas, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal se destacam como os maiores investidores em publicidade sob a atual gestão.
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O Banco do Brasil manteve um nível de gasto publicitário semelhante ao da gestão anterior, com um incremento de 3% na média anual, enquanto a Caixa registrou um aumento de 18% no mesmo período.
Aumento nos gastos dos bancos estatais
Considerando todos os bancos estatais federais, incluindo BNDES, BNB e Basa, a média anual de gastos foi de R$ 971 milhões entre 2019 e 2022. Esse valor subiu para R$ 1,1 bilhão nos dois primeiros anos do governo Lula — um aumento de 14% em relação ao governo Bolsonaro.
O Instituto para Acompanhamento da Publicidade (IAP), que fornecia dados detalhados sobre os gastos com publicidade até 2017, foi desativado durante o governo de Michel Temer.
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O IAP era responsável por compilar e organizar informações sobre os investimentos publicitários da União, financiado por uma taxa sobre o faturamento das agências de publicidade. Sua desativação representou um retrocesso na transparência dos dados.
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