O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), fez um novo apelo a Hugo Motta. O parlamentar pediu que o presidente da Casa paute o requerimento de urgência que possibilita a votação da anistia diretamente no plenário.
Ao falar sobre a anistia, Sóstenes citou “gesto” de Motta com o deputado Glauber Braga (Psol-SP), que encerrou a greve de fome de nove dias depois de um acordo firmado com o presidente da Câmara.
“Respeitamos o gesto com o deputado do Psol, garantindo prazo e dignidade”, declarou o líder no X. “Temos plena confiança de que o mesmo será feito com os patriotas presos injustamente.”
O líder do PL citou o caso de Cleriston Cunha, mais conhecido como Clezão, preso em 8 de janeiro, que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda em novembro de 2023. Ele sofreu um infarto enquanto tomava banho de sol.
“Clezão morreu esperando justiça”, afirmou Sóstenes. “Idosos seguem encarcerados, com saúde fragilizada e direitos ignorados. A urgência da Anistia tem 264 assinaturas. Não é caso de 1 único deputado. É o grito da maioria — e do povo.”
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Ainda na publicação, o parlamentar citou o discurso de posse de Motta como presidente da Câmara. “O senhor afirmou: ‘Servir ao Brasil, servir ao Brasil, servir ao Brasil’”, destacou.
“Sabemos que o senhor tem lado: O lado da justiça. O lado da palavra cumprida. O lado do Brasil que acredita na liberdade”, acrescentou o líder do PL.
“Bolsonaro é o líder da anistia”
Sóstenes também falou sobre a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na mobilização pela anistia humanitária: “Foi ele quem levantou essa bandeira com coragem diante do povo nas ruas, pedindo justiça para os que vêm sendo condenados com penas desproporcionais”.
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Apesar do papel fundamental de Bolsonaro, o parlamentar esclareceu que não há previsão para que o ex-presidente seja beneficiado pela proposta que beneficia os presos do 8 de janeiro de 2023.
“O texto final da Anistia será decidido soberanamente pelos plenários da Câmara e do Senado”, alertou. “Circula na imprensa a ideia de que a ‘última palavra’ será do presidente Bolsonaro. Essa informação não procede.”
O líder do PL afirmou que Bolsonaro tem dialogado com os parlamentares sobre a anistia, “ouvindo sugestões, propondo melhorias e apresentando contribuições para o relator — com o objetivo de fortalecer o texto e ampliar os apoios”.
Entretanto, Sóstenes destacou que o texto final vai ser protocolado conforme “determina a Constituição”: “A última palavra sempre será do Parlamento”.
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