A Páscoa na Nigéria foi marcada por intensa apreensão entre os cristãos. Isso ocorre em razão da crescente violência de terroristas islâmicos que amedronta os fiéis. Embora 46% da população do país seja cristã, ataques que buscam estabelecer um califado muçulmano continuam a crescer.
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“Os cristãos da Nigéria estão sendo exterminados”, declarou Jeff King, presidente da organização International Christian Concern (ICC), à emissora Fox News. “Precisamos chamar isso do que é: genocídio.”
No começo de abril, os terroristas mataram mais de 60 cristãos no país africano. Além disso, os criminosos queimaram 383 casas. “Famílias foram queimadas vivas, e crianças ficaram sem lar”, afirmou King. “Isso é angustiante.”
Cristãos mortos na Nigéria
Desde 2001, cerca de 100 mil cristãos foram mortos, e 3,5 milhões de agricultores foram expulsos de suas terras por terroristas islâmicos. Os criminosos usaram armas potentes, como AK-47, e machados.
“Eles querem nossas terras, nossas vidas, nosso Jesus”, afirmou uma viúva, cujo nome não foi revelado, à ICC.” Em 27 de março, 11 cristãos foram mortos em um funeral na comunidade Ruwi.
No último fim de semana, depois de uma celebração de Domingo de Ramos na Vila de Zikke, os terroristas mataram cerca de 54 cristãos, sem intervenção das autoridades.
Ryan Brown, CEO da Portas Abertas, organização que cuida de cristãos perseguidos em todo o mundo, afirmou que “cidadãos no norte e centro da Nigéria enfrentam violência extrema”.
A “ideologia de conquista”
Bishop Ayuba Matawal, presidente do Comitê de Bem-Estar de Deslocados Internos da cidade nigeriana de Bokkos, acredita que os terroristas são motivados por uma ideologia de conquista de terras.
A ICC apela ao Departamento de Estado norte-americano para listar a Nigéria como um “país de preocupação particular”. A medida pode resultar em sanções ao governo nigeriano. King sugeriu cortar toda a ajuda financeira e militar à Nigéria até que os ataques diminuam.
Durante o fim de semana de Páscoa, comunidades cristãs permaneceram em alerta máximo, principalmente durante cultos e reuniões religiosas. “Os cristãos nigerianos carregam a cruz diariamente, mas a esperança se eleva como a ressurreição”, concluiu King.
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