O papa Francisco, falecido nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, foi o segundo pontífice mais velho da história. Eleito em 13 de março de 2013, ele foi o 266º líder da Igreja Católica e o primeiro da América Latina.
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Nascido Jorge Mario Bergoglio, na Argentina, ele também foi o primeiro papa a adotar o nome Francisco. Seu papado foi mais longevo que a média de 7,5 anos dos 265 pontificados anteriores.
A agência Reuters compilou alguns números emblemáticos da liderança de Francisco sobre a Igreja Católica. A começar pelos anos de vida. O único pontífice em exercício a viver mais tempo que ele foi Leão XIII, que morreu aos 93 anos, em 1903.

Não há registro verificável de alguém mais velho que os dois no exercício do papado. O antecessor de Francisco, Bento XVI, morreu aos 95 anos, mas tinha 85 quando se aposentou do pontificado.
Papa nomeou 108 cardeais eleitores
O Vaticano atualmente tem 252 cardeais, os “príncipes da Igreja”, de chapéu vermelho, que aconselham o papa, administram dioceses importantes ao redor do mundo e muitas vezes lideram departamentos poderosos da burocracia da Santa Sé.
Entre eles, 135 cardeais têm menos de 80 anos e, portanto, são elegíveis para participar de um conclave para eleger um novo papa, segundo o direito canônico. Francisco nomeou 108 dos chamados cardeais eleitores.

47 viagens internacionais
Francisco esteve fora da Itália por 47 vezes. Ele visitou mais de 65 países e territórios, em um total de mais de 465 mil km percorridos.
Veja as viagens feitas pelo papa Francisco em seus 12 anos de pontificado:
- 2013: Brasil;
- 2014: Jordânia, Territórios Palestinos, Israel, Coreia do Sul, Albânia, França e Turquia;
- 2015: Sri Lanka, Filipinas, Bósnia-Herzegovina, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos, Quênia, Uganda e República Centro-Africana;
- 2016: México, Grécia, Armênia, Polônia, Geórgia, Azerbaijão e Suécia;
- 2017: Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar e Bangladesh;
- 2018: Chile, Peru, Suíça, Irlanda, Lituânia, Letônia e Estônia;
- 2019: Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedônia do Norte, Romênia, Moçambique, Madagascar, Maurício, Tailândia e Japão;
- 2020: não fez viagens internacionais;
- 2021: Iraque, Eslováquia, Hungria, Grécia e Chipre;
- 2022: Malta, Canadá, Cazaquistão e Bahrein;
- 2023: Congo, Sudão do Sul, Hungria, Portugal, Mongólia e França;
- 2024: Indonésia, Singapura, Timor Leste, Papua-Nova Guiné, Bélgica, Luxemburgo e ilha francesa da Córsega;

Ele também fez cerca de 37 viagens dentro da Itália, a começar pela Ilha de Lampedusa, ponto de chegada de migrantes que cruzam o Mediterrâneo rumo à Europa, em julho de 2013.
900 santos canonizados
O papa Francisco canonizou mais de 900 santos, entre os quais seus predecessores João XXIII, João Paulo II e Paulo VI, além de Madre Teresa de Calcutá e o arcebispo salvadorenho Oscar Romero, morto em 1980.
Esse número inclui os Mártires de Otranto, moradores de uma cidade do sul da Itália mortos por tropas otomanas em 1480. Segundo o Vaticano, eram cerca de 800.
Francisco também beatificou mais de 1,35 mil pessoas. A beatificação é o passo anterior à canonização.

As 4 encíclicas do papa
A encíclica é a forma mais importante de documento papal. Francisco escreveu quatro:
- 2013: Lumen Fidei (Luz da Fé), sobre a importância da fé cristã, parcialmente escrita por Bento XVI;
- 2015: Laudato Si (Louvado Seja), que clamava por ação urgente contra as mudanças climáticas;
- 2020: Fratelli Tutti (Todos Irmãos), abordava a solidariedade entre os povos no mundo pós-pandemia;
- 2024: Dilexit Nos (Ele Nos Amou), incentivava os católicos a abandonar a “loucura da busca por dinheiro” e se dedicar à fé.
Além disso, ele escreveu inúmeros outros documentos importantes para a Igreja Católica, como Constituições Apostólicas e Exortações Apostólicas.
O post Papa Francisco: seu pontificado em números apareceu primeiro em Revista Oeste.