Dona da Sadia vai ‘fabricar’ carne de boi na Arábia Saudita

Famosa pelos cortes e linguiças de aves e suínos, a BRF anunciou, na última segunda-feira, 21, a abertura de um frigorífico para carnes bovinas na Arábia Saudita. Não é de hoje que o gigante mantém negócios no país árabe.

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A Sadia, uma de suas marcas, é uma velha conhecida nas Arábias. Contudo, a abertura para outro tipo de proteína animal é uma novidade com nome e sobrenome: Marcos Molina. O empresário brasileiro é o dono da Marfrig — um das grandes marcas globais no mercado de carnes bovinas.

Molina enxergou na BRF a oportunidade de ampliar as operações da Marfrig por meio do acesso ao Oriente Médio. A dona da Sadia tem um sócio estratégico na região: os Saud — trata-se de ninguém menos que a família real que governa a Arábia Saudita.

A monarquia árabe é dona de 11% do gigante. É a segunda maior quantidade de cotas — perde apenas para a Marfrig, que detém 50,5% das ações e está sob o controle de Molina.

O novo frigorífico da dona da Sadia na Arábia Saudita

A implantação será bancada pela BRF Arabia Holding Company — uma subsidiária do gigante, criada por meio de uma parceria com o governo saudita. Assim, o novo frigorífico terá participação direta da realeza.



De acordo com o comunicado sobre o projeto ao mercado, a implantação deve custar US$ 160 milhões. O investimento corresponde a quase R$ 1 bilhão, na cotação atual.

A estrutura não se limitará a bovinos — também processará aves. Os suínos ficam de fora, uma vez que o país é muçulmano, religião que considera esse animal impróprio para o consumo humano. Ainda assim, o negócio deve representar um salto para a dona da Sadia na Arábia Saudita.

Atualmente, o gigante processa 17 mil toneladas de proteína animal no país árabe. O novo projeto é dimensionado para 40 mil toneladas — ou seja, praticamente triplicará a capacidade local de produção da BRF.

O negócio das Arábias

Alimentar a Arábia Saudita se tornou um negócio para lá de interessante para a dona da Sadia. A empresa detém 37% do mercado de carnes de aves do país — entre produção local e exportação. Trata-se de um grupo nutricional estratégico para a população muçulmana, por ser a fonte mais barata de proteína animal permitida pela religião.

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