Apesar dos movimentos do governo petista para estagnar a tramitação do PL da Anistia, a oposição não se vê “ameaçada”. Pelo contrário: devem pressionar ainda mais o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar a proposta.
Nesta quarta-feira, 23, Lula tem um jantar na Residência Oficial da Câmara com Motta e líderes partidários da base governista e do chamado “centrão”. O principal tema em pauta deve ser a anistia – que conta com o apoio de 262 deputados para tramitar em regime de urgência na Casa.
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Segundo integrantes da alta cúpula do Partido Liberal afirmaram a Oeste que os recentes acontecimentos relativos à gestão petista demonstram um possível “enfraquecimento” de Lula dentro no Congresso.
Câmara pode travar pautas do governo se a anistia não for pautada
Os parlamentares citaram, como exemplo, a recusa do líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (MA), para integrar o alto escalão, e as pesquisas de opinião que demonstram um aumento da rejeição popular ao governo Lula.
“O governo não está conseguindo convencer os parlamentares de centrão sobre a anistia”, disse um integrante do Partido Liberal ao No Ponto. “Se não votar a proposta, há o risco de que as próprias pautas do governo fiquem travadas no Congresso.”
Outra fonte destacou que, com a proximidade das eleições de 2026, muitos deputados precisam atender aos pedidos da sua base – que em muitos Estados, se resumem à anistia.
“Um deputado do Sul ou Sudeste, por exemplo, que tem um eleitorado de direita alto, não vai colocar seu mandato em risco e não votar a favor da anistia aos presos do 8 de janeiro, sendo que assinaram a urgência”, analisou.
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