Em depoimento à Polícia Federal, Silvio Almeida diz que pode ser ‘vítima’ em denúncia sobre assédio

Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, prestou depoimento à Polícia Federal em fevereiro, alegando ser alvo de difamação ao ser chamado de estuprador.

Durante a oitiva, Almeida afirmou estar sendo rotulado como estuprador e responsabilizou a ONG Me Too Brasil pela deterioração de sua imagem pública. A informação é do portal UOL.

O ex-ministro foi exonerado do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em setembro do ano passado, depois de ser alvo de acusações de assédio sexual.

Ao longo do depoimento, que durou duas horas, Almeida declarou: “Não quero me colocar nessa posição, mas pode ser que eu seja a vítima”.

Ele também criticou a atuação da Me Too Brasil nas acusações e cobrou a apresentação de provas concretas. “Quais são as denúncias que o Me Too tem contra mim?”, interpelou o ex-ministro.

Além disso, alegou que uma escrivã, durante um depoimento de uma das supostas vítimas, o insultou, chamando-o de “filho da p…”.

Relembre as acusações contra Silvio Almeida

As denúncias contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, ganharam ampla repercussão na imprensa e foram impulsionadas pela ONG Me Too Brasil, que divulgou os relatos com o consentimento das vítimas.

Entre os casos, destaca-se a acusação feita pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que afirmou à Polícia Federal ter sido vítima de importunação sexual por parte de Almeida desde 2022, com episódios que se intensificaram ao longo do tempo.

Outra denúncia relevante é da professora Isabel Rodrigues, que o descreveu como um “abusador serial”. Ela relatou que, durante um almoço com alunos, Almeida a tocou de forma inapropriada e sem consentimento.

As investigações permanecem em andamento, conduzidas pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética da Presidência da República.

Lula tinha conhecimento de importunação sexual, diz revista

silvio almeida
O professor Silvio Almeida (à esq), durante sua posse no Ministério dos Direitos Humanos, pelo presidente Lula (à dir) – 01/01/2023 | Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

De acordo com a revista Piauí, o presidente Lula foi avisado por quatro pessoas sobre a importunação sexual que teria sido cometida por Silvio Almeida contra Anielle Franco.

Uma dessas conversas teria ocorrido em março de 2024, seis meses antes das denúncias contra Almeida serem divulgadas pelo portal Metrópoles.

Outra pessoa, identificada como um amigo de Anielle dentro do PT, afirmou à publicação que soube do caso cerca de dez meses antes da revelação pública e que, posteriormente, levou a questão a Lula.

O presidente teria solicitado ao ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, que conversasse com Almeida sobre o assunto.

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