Os acionistas do Carrefour decidiram retirar as ações da empresa das negociações na Bolsa de Valores do Brasil (B3). A proposta foi aprovada nesta sexta-feira, 25. A rede deve continuar atuando no Brasil, mas com o capital fora do pregão. O controle segue nas mãos da matriz, na França — onde a empresa continua listada.
+ Leia mais notícias de Economia em Oeste
Quem possui ações da companhia na B3 não ficará sem ressarcimento. O plano de retirada contempla mecanismos de compensação. Uma das opções é receber R$ 8,50 por ação. Contudo, também é possível trocar as ações brasileiras por participações na matriz francesa. Nesse caso, a conversão será de uma ação na França para cada quase dez da filial brasileira.
As operações do Carrefour no Brasil vão além da rede de supermercados com o nome da marca. O principal negócio no mercado local, atualmente, é a rede Atacadão.
Ao longo de 2024, o grupo faturou R$ 120 bilhões no mercado brasileiro. De acordo com os balancetes, cerca de R$ 80 bilhões vieram das vendas na rede Atacadão. As lojas com o nome Carrefour no país geraram R$ 27 bilhões no mesmo período.
Quanto valem as ações do Grupo Carrefour na bolsa do Brasil?
De acordo com os registros da B3, o Grupo Carrefour Brasil é composto por cerca de 2 bilhões de ações. Assim, com cada ação avaliada em R$ 8,50, o valor de mercado da empresa gira em torno de R$ 18 bilhões. Contudo, a matriz francesa não precisará desembolsar todo esse valor, mesmo que todos os demais acionistas optem por receber sua parte em dinheiro.
A matriz detém aproximadamente 68% das ações do grupo no mercado brasileiro. Assim, cerca de 32% estão nas mãos de sócios minoritários — ou seja: a saída do Carrefour da bolsa do Brasil deve custar um pouco menos de R$ 6 bilhões.
O post Carrefour ‘decide’ sair da Bolsa de Valores do Brasil apareceu primeiro em Revista Oeste.