Depois de quatro meses em prisão preventiva, o cacique Serere Xavante vai para casa.
Isso porque o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou um pedido da defesa do indígena e concedeu domiciliar a ele. Na decisão, Moraes entendeu que a situação “excepcional” viabiliza a soltura do cacique.
Conforme a defesa de Serere, o indígena tem diabetes mellitus tipo 2, enfermidade que exige acompanhamento médico constante. Além disso, o presídio onde Serere se encontra, em Foz do Iguaçu (PR), não tem estrutura adequada para tratamento.
A advogada anexou aos autos um laudo médico, que atesta a piora no quadro de saúde dele, comprometendo até mesmo a visão.
Família do cacique Serere Xavante passa necessidade

A advogada ainda afirma, no documento encaminhado ao STF, que o líder indígena é “responsável pelo sustento exclusivo” de sua família.
Ele, a saber, é casado e tem sete filhos menores de idade. “Condição de extrema vulnerabilidade social”, reforça a defesa.
Segundo a mulher do indígena, Sueli, depois de o marido retornar para a cadeia, ela e os seis filhos voltaram de Foz para Aragarças (GO), onde moravam antes de Serere deixar o Brasil rumo à Argentina, em meados de junho de 2024. O indígena havia se exilado em Puerto Iguaçú, após receber um mandado de prisão expedido por Moraes, em virtude de supostos descumprimentos de cautelares.
A situação financeira da família não está nada fácil. “Vivemos com a ajuda de igrejas e de algumas pessoas”, contou Sueli a Oeste.
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