Daqui cinco anos a personagem Betty Boop vai completar cem anos. Neste ano de 2025 ela chega aos palcos da Broadway. Já foi ao mesmo tempo símbolo de feminismo e de mulher sexy.
Betty Boop foi lançada em 1930 como personagem dos desenhos animados comandados por Max Fleischer. Com a cabeça desproporcional em um penteado que era moda na chamada “era do jazz”, tinha formas de uma mulher adulta, usava salto alto e minissaia. Essa sexualidade foi amenizada com o chamado “código Hays” a partir de meados da década de 1930.
Outra de suas características era o bordão que a caracterizou para sempre: “Boop-oop-a-doop” algo que em português soava como “Bu-bu-pidú”. Entre 1930 e 1939, Betty foi a estrela de 90 curta metragens exibidas em cinema antes da atração principal. Entre essas produções, uma das mais marcantes foi a adaptação de Branca de Neve, em 1933. Destaque para o lendário cantor Cab Callaway no papel do palhaço Koko:
O sucesso de Betty Boop foi tão grande que ela conheceu versões para animação de TV e história em quadrinhos. Agora conhece sua primeira versão para o teatro: “Boop! The Musical”. É uma produção de 26 milhões de dólares, onde a personagem começa como um desenho em preto e branco e depois vira uma personagem de carne e osso num mundo realista e colorido.
A versão para teatro é estrelada por Jasmine Ray Rogers. As imagens liberadas para divulgação mostram o que parece ser um musical bastante convencional, longe da anarquia narrativa e estética dos desenhos produzidos pelos estúdios Fleischer. Como não podia deixar de ser, a atriz é negra para celebrar a “negritude” de uma personagem que nasceu com raízes judaicas.
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