O jornalista Samer Elzaenen, colaborador da BBC Arabic, revelou o seu desejo de que judeus sejam queimados como “Hitler fez” durante a Segunda Guerra Mundial. O jornal britânico The Telegraph divulgou as informações neste sábado, 26.
Samer tem presença constante na BBC Arabic desde o início dos ataques do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, contra o Estado de Israel. Como resultado, ele realiza coberturas jornalísticas em boa parte da região da Palestina.
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Contudo, ao mesmo tempo, Samer utilizava suas redes sociais para fazer propaganda ao Hamas. Ele classifica os integrantes do grupo como “combatentes da resistência” e dissemina ódio contra o povo judeu.
“Minha mensagem aos judeus sionistas: vamos retomar nossa terra, amamos a morte pelo amor de Alá da mesma forma que vocês amam a vida”, publicou Samer em 2011 no Facebook. “Vamos queimá-los como Hitler fez, mas desta vez não sobrará um único de vocês.”
Em 2022, através da mesma plataforma, o jornalista aconselhou que, “quando as coisas derem errado para nós, atirem nos judeus, isso resolve tudo”.
Além disso, em 2023, ao comentar um ataque em Jerusalém, no qual um terrorista matou dois meninos e um jovem de 20 anos, Samer afirmou que as vítimas “irão logo para o inferno”.
Jornal denuncia declarações de outros colaboradores da BBC Arabic
O The Telegraph também denunciou as declarações de Ahmed Qannan, outro colaborador da BBC Arabic. Em suas redes sociais, ele expressou apoio a atos terroristas e classificou como “herói” um atirador que matou civis e um policial em Bnei Brak, Israel, em 2022.
No ano seguinte, ele celebrou um ataque a uma sinagoga em Jerusalém — quando um terrorista de 21 anos abriu fogo e matou sete pessoas no local.
Em contrapartida, a BBC afirma que Elzaenen e Qannan não fazem parte de seu quadro fixo de funcionários. Ainda assim, a emissora vem sendo criticada por utilizar freelancers que, segundo a imprensa internacional, promovem viés antissionistas em suas coberturas.
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O Comitê para a Precisão no Relato do Oriente Médio destaca que o caso revela a disposição da BBC Arabic em recorrer a colaboradores que não garantem jornalismo imparcial.
No entanto, o episódio reforça a série de denúncias contra a BBC Arabic. Em outra circunstância, o freelancer Ahmed Alagha chamou israelenses de “demônios” em publicações nas redes sociais.
“E, como sabemos, os ‘israelenses’ não são seres humanos para começo de conversa; na verdade, nem são animais”, disse Ahmed. “Talvez pertençam a uma raça para qual nenhuma descrição consegue captar a extensão de sua luxúria e sadismo.”
Em resposta, um porta-voz da BBC declarou que os jornalistas em Gaza atuam como fontes independentes de relatos e que a emissora “não tolera o antissemitismo em seus serviços”.
Como resultado, Kemi Badenoch, líder do Partido Conservador britânico, pediu uma reforma completa da BBC Arabic. Em carta enviada ao diretor-geral da BBC, Tim Davie, ela alega que a emissora “vem fomentando extremismo e enganando a audiência, apesar de ser financiada por recursos públicos”.
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