A Polícia Civil prendeu em flagrante o empresário João Ricardo Mendes, acusado de furtar obras de arte em um hotel de luxo e em um shopping center da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Mendes, que é fundador da agência de viagens online Hurb (ex-Hotel Urbano), foi encontrado com esculturas e quadros avaliados em cerca de R$ 23 mil. Os itens estavam em uma cobertura no mesmo bairro. Um quadro, estimado em R$ 17 mil, ainda não foi localizado.
Até a conclusão deste texto, a defesa do empresário não havia se manifestado. João Ricardo Mendes atuou como CEO do Hurb, que nesta semana teve seu cadastro cancelado pelo Ministério do Turismo. Além disso, o site oficial da empresa foi retirado do ar por decisão judicial, em razão de reiteradas reclamações de clientes sobre descumprimento de contratos.
Imagens ajudaram a identificar ex-CEO do Hurb
A Polícia Civil foi acionada depois de dois registros de furto na Barra da Tijuca. O primeiro foi feito por um hotel de luxo. O segundo, por um escritório de arquitetura dentro de um shopping center. Imagens de segurança analisadas pelos investigadores mostraram que o autor dos crimes era o mesmo em ambos os casos, utilizando inclusive a mesma motocicleta nos deslocamentos. João Ricardo Mendes foi rapidamente identificado como o suspeito.
Com a confirmação da autoria, equipes da 16ª DP (Barra da Tijuca) se dirigiram à residência do empresário, em um condomínio de luxo da região. No momento da abordagem, Mendes tentou fugir, sendo localizado no terraço do apartamento. Ele acabou preso em flagrante e conduzido para a delegacia para prestar depoimento.
Conforme o delegado Neilson Nogueira, titular da 16ª DP, Mendes admitiu ter furtado as obras de arte, alegando que tomou essa atitude por estar tentando cobrar uma dívida. “Ele disse que estavam lhe devendo, mas não informou quem seria o suposto devedor”. A polícia agora investiga a veracidade dessa alegação.
No interior da cobertura, foram recuperadas três esculturas de cerâmica e um dos quadros furtados, totalizando cerca de R$ 23 mil em obras de arte. As peças já foram devolvidas aos respectivos proprietários. Contudo, o outro quadro, avaliado em R$ 17 mil, ainda não foi localizado. Investigadores seguem trabalhando no caso.
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