Folha critica ‘orçamento paralelo’ no governo Lula e alerta para risco de colapso fiscal em 2027

Em editorial publicado neste domingo, 27, o jornal Folha de S.Paulo fez uma crítica  à política fiscal do governo Lula (PT), e afirmou que, apesar das restrições orçamentárias, o governo tenta manter a expansão dos gastos públicos por meio de mecanismos heterodoxos, como já ocorreu em gestões anteriores. 

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A prática foi identificada em auditoria recente do Tribunal de Contas da União (TCU). A auditoria apontou “ao menos quatro fontes de receitas que não são recolhidas à conta do Tesouro Nacional” e o “uso de recursos de natureza financeira para custear despesas correntes”.

Entre as irregularidades, estão o uso de verbas da comercialização de petróleo, prometidas para o Auxílio-Gás. Além da utilização de fundos privados (como no programa Pé-de-Meia), a movimentação de recursos do fundo Rio Doce sem passar pelo Orçamento, e o financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida com dinheiro do Fundo Social do Pré-Sal.

O texto destaca que essas práticas representam a criação de “um orçamento paralelo, que encobre a situação deficitária das contas públicas”.

Apesar dos alertas do TCU, o governo Lula planeja criar mais um fundo privado de R$ 6,5 bilhões

Apesar dos alertas do TCU, o governo planeja criar mais um fundo privado de R$ 6,5 bilhões. Esse montante deve ser enviado para infraestrutura e recuperação de eventos climáticos, usando verbas originalmente destinadas ao enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo o texto, não é surpresa, já que o próprio governo “admitiu candidamente nas diretrizes orçamentárias de 2026 (…) que as normas fiscais em vigor não se sustentarão a partir de 2027”.

O editorial disse ainda que o governo busca apenas “adiar o necessário ajuste”, mas que o custo dessa expansão já está sendo sentido: “pressiona inflação e juros, acelera a escalada da dívida pública, eleva a percepção de risco e compromete os investimentos necessários para o crescimento econômico”.

“Depois da farra dos últimos dois anos, o que se busca, à expensa do contribuinte, é adiar o necessário ajuste”, escreveu a Folha. “O custo já chegou, porém.”

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