Moradores do centro de SP reclamam de ‘nova cracolândia’

No centro da cidade de São Paulo (SP), uma nova concentração de usuários de drogas, na Alameda Barão de Piracicaba, no bairro dos Campos Elíseos, gera grande preocupação entre os moradores. Eles observam um aumento no número de dependentes e em atividades ilegais, que transformam a área em uma espécie de “feira de drogas”.

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Os residentes do local descrevem a presença de um comércio aberto de entorpecentes e de traficantes, que oferecem os produtos sem restrição. Além disso, há relatos de assaltos e intimidações, como o ocorrido com uma van que abastecia um mercadinho local. O veículo foi saqueado em plena luz do dia, conforme registrado por câmeras de segurança.

A tradicional cracolândia fica a cerca de 600 metros, na Rua dos Protestantes. A Prefeitura de São Paulo realiza contagens diárias de usuários nessa área, as quais mostram uma redução no número de frequentadores, em comparação ao ano anterior. Contudo, enquanto diminui nessa rua, a concentração na Alameda Barão de Piracicaba aumenta.

Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública do governo do Estado de SP, de Tarcísio de Freitas, afirma atuar estrategicamente para coibir o tráfico de drogas. “As forças de segurança realizam ações constantes para impedir o comércio de entorpecentes”, afirma a pasta.


Já a gestão do prefeito Ricardo Nunes utiliza drones para monitorar a região da Luz, desde agosto de 2023. O objetivo é mapear locais com alta concentração de usuários.

Reação dos moradores e problemas à comunidade de SP

Usuários de drogas na cracolândia
Usuários de drogas são vistos na Rua dos Gusmões, na região da Cracolândia, centro de São Paulo | Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo

Moradores relatam dificuldades para descansar em razão do barulho constante de caixas de som de bares e cortiços. A agitação dos usuários de drogas preocupa, e muitos fazem chamadas frequentes ao 190 da Polícia Militar, mas afirmam que o problema persiste. O Programa de Silêncio Urbano (Psiu) iniciou uma fiscalização na área para controlar o ruído.

Os problemas vão além da insegurança e do barulho. Residentes investiram em melhorias, como janelas acústicas no valor de R$ 5 mil, para mitigar os efeitos da situação. Além disso, comentam sobre a multiplicação de dependentes químicos, brigas, sujeira e abordagens intimidadoras. A Subprefeitura da Sé informou que realiza serviços de limpeza diários na região, como varrição e lavagem das vias.

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No primeiro bimestre de 2025, forças policiais apreenderam 36,2 toneladas de drogas no Estado. Só na capital foram 7,1 toneladas. Esse volume representa um aumento de 3,7 toneladas nas apreensões, em comparação ao mesmo período do ano passado.

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