A defesa de Adalgiza Maria Dourado, presa no Presídio Feminino do Distrito Federal, a Colmeia, por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, anunciou nesta segunda-feira, 29, que fará uma nova denúncia formal à Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao governo do Distrito Federal. O motivo é o agravamento de uma série de violações de direitos fundamentais dentro da unidade prisional.
Adalgiza sofreu uma queda durante o feriado da Páscoa. Desde então, segundo a defesa, ela sente dores intensas. Mesmo assim, não recebeu medicação nem atendimento médico adequado. A administração do presídio ignorou os pedidos da defesa.
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Outro fato levanta suspeitas. Um laudo pericial, supostamente elaborado por uma “Junta Médica” na quarta-feira 16, teria sido produzido a pedido do ministro Alexandre de Moraes. O documento apresenta assinaturas de profissionais que não estavam presentes. Entre eles, a psicóloga Dra. Eliude e o enfermeiro Antonival. Segundo Adalgiza, ela nunca viu esse enfermeiro. Apenas a Dra. Rayssa teria participado do exame. O episódio compromete a legalidade do laudo.
Na última quarta-feira, 23, surgiu mais uma denúncia de coação. A psicóloga Eliude abordou Adalgiza com agressividade. Exigiu que ela assinasse um documento, sob vigilância de uma policial penal. A agente ainda não foi identificada. O enfermeiro Antonival, novamente, não apareceu, apesar de constar no relatório.
“Adalgiza encontra-se em uma cela superlotada com outras 11 detentas, incluindo mulheres acusadas de homicídio, latrocínio, tráfico de drogas e, mais recentemente, usuárias com graves distúrbios psicológicos”, disse a defesa. A convivência forçada em tais condições representa risco iminente à sua integridade física e mental.”
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