O espetáculo da decomposição: Bolsonaro aposta na morbidez e gera repulsa

Que Bolsonaro é um personagem que se representa em dois registros performáticos, alternados conforme a conveniência, é algo que venho afirmando há anos. Há, de um lado, o modo valentão, arruaceiro, irreverente e afrontoso, que serve bem ao vitalismo de quem aprecia líderes autoritários, fortes e que se impõem. Mas há também a chave oposta: a do coitadinho, da vítima, do perseguido e do sofredor, que exige comoção e compaixão -acompanhadas, naturalmente, de um sentimento de revolta contra quem lhe teria infligido tamanha injustiça.
Leia mais (04/29/2025 – 15h49)
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