CCJ da Câmara rejeita recurso de Glauber Braga, e caso vai ao plenário

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou, por 44 votos a 22, o recurso de Glauber Braga (Psol-RJ) contra a aprovação da sua cassação no Conselho de Ética. Não houve abstenção.

A CCJ analisou nesta terça-feira, 29, o recurso de Glauber Braga contra a decisão do Conselho de Ética da Casa de 9 de abril, que aprovou com 13 favoráveis a cassação do psolista. Ao referendar a deliberação do colegiado, o processo agora vai para o plenário da Câmara. 

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A discussão no colegiado durou mais de 6 horas. Parlamentares do Psol argumentaram que a cassação do colega de bancada abriria um “precedente perigoso”. A narrativa foi refutada pela oposição.

Com a decisão da CCJ, agora o processo segue para análise no plenário da Câmara. A ação só será votada depois de, pelo menos, 60 dias – em decorrência do acordo firmado com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que resultou no fim da greve de fome do psolista.

“Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar”, declarou Motta. “Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo.”

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O relatório

O deputado Alex Manente (Cidadania-SP), relator do recurso apresentado por Glauber Braga contra sua cassação, apresentou um parecer pela rejeição da ação movida pelo psolista.

Manente rejeitou todas as contestações apresentadas pelo psolista, incluindo a alegação de que o relator do processo no Conselho de Ética, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), teria sido “parcial” em seu parecer. Além disso, foi negado o pedido de suspeição de Magalhães na condução do caso.

“O exame das alegações do recorrente quanto à aplicação ou não da imunidade material, à suposta existência de perseguição política, bem como à eventual desproporcionalidade da penalidade imposta, configuraria verdadeira usurpação de competência do Conselho de Ética e atentaria contra a separação funcional dos órgãos internos da Câmara dos Deputados”, analisou Manente. “Por essas razões, tais alegações devem ser consideradas insuscetíveis de reexame por esta Comissão, no âmbito do presente recurso.”

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O psolista ficou 9 dias em greve de fome na Câmara | Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Glauber Braga pode ser cassado por agressão

O psolista enfrenta uma ação movida pelo Partido Novo depois de ter agredido com chutes Gabriel Costenaro, que na época era integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). Na ocasião, o parlamentar do Psol também tentou agredir o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP).

Nesta terça-feira, o deputado do União citou o caso: “Não bastasse essa atitude de agredir um cidadão a pontapés e expulsá-lo da Câmara dos Deputados, depois, o deputado Glauber Braga parte pra cima de mim e eu nem sequer tinha dirigido a palavra a ele”.

“Ele vem, isso está no processo”, declarou. “Ele, assim como colegas de partido dele já fizeram e também alguns integrantes do Partido dos Trabalhadores – todos eles já felizmente condenados pela justiça, transitado em julgado e já com a indenização caindo na minha conta – me acusou de ser defensor do nazismo e por isso também responde o processo”, destacou. 


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